Saúde, artivismos e pedagogia feminista: a feminária musical no contexto da Universidade Federal da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carneiro, Anni de Novais
Orientador(a): Rosa, Laila Andresa Cavalcante
Banca de defesa: Rosa, Laila Andresa Cavalcante, Oliveira, Eduardo, Mano, Maíra Kubík, Andrade, Darlane Silva Vieira, Silva, Denise Vieira da
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher NEIM/UFBA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31273
Resumo: Esta tese consiste em uma investigação acerca das trajetórias das participantes da Feminária Musical: Grupo de Pesquisa e Experimentos Sonoros, grupo artivista híbrido da Escola de Música e do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher da Universidade Federal da Bahia, no que tange à sua produção de conhecimento sobre mulheres e música no Brasil, com destaque para as compositoras e este lugar potente da criação musical como espaço de poder e suas experimentações autorais poético-musicais e performáticas. As hipóteses iniciais referiam-se à compreensão de uma potente experiência de Pedagogia Feminista, com um caráter afetivo e de promoção de saúde experimentado na Feminária Musical. E, ainda, havia uma hipótese de reconhecimento da Universidade como espaço de contradição, potência de crescimento e experimentação de relações saudáveis, como também espaço de experiências densas, violentas nutridas pelas matrizes de desigualdades racismo, sexismo, LGBTQI+fobia, classismo etc. Apoiada em autoras dos Feminismos Negro e Pós-Colonial, com destaque para Sueli Carneiro, Lélia Gonzalez, Glória Anzaldúa, Audre Lorde, bell hooks e Nilma Lino Gomes, indicam-se as compreensões acerca dos enlaces entre Saúde, Saúde Mental, Bem Viver, Afetividade, Pedagogia Feminista e Autocuidado. São investigadas as experiências vividas na Universidade, com destaque para a experiência no referido grupo, bem como, as repercussões dessa experiência grupal e artivismos, com relação à subjetivação e movimentos de resistência, ou, ainda, à existência experimentada com saúde e afeto que também me atravessam enquanto mulher negra e participante desde o final do ano de 2014, sendo, portanto, uma pesquisa participante engajada e feminista. A metodologia consistiu em uma investigação qualitativa, na qual foram realizadas entrevistadas semi-estruturadas com 26 pessoas. Os dados coletados foram amplificados com base na epistemologia qualitativa, através da análise de conteúdo. Os resultados encontrados no estudo corroboraram as hipóteses levantadas inicialmente. A Feminária Musical, de fato, apresenta-se como um grupo extremamente potente, que, através de uma Pedagogia Feminista e do artivismo, implicada com uma construção de saber e relações libertárias mantém-se como espaço ímpar dentro da Universidade.