Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
MEIRA, Isabela de França |
Orientador(a): |
ADRIÃO, Karla Galvão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36053
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Resumo: |
Este trabalho trata sobre ações e movimentações coletivas sexodissidentes compreendidas como artivistas, que insurgiram no Recife em 2018. Partindo de uma perspectiva feminista pós-estrutural em termos epistemológicos, metodológicos, éticos e políticos (HARAWAY, 1995; BUTLER, 2003; SARDENBERG, 2002), teve como objetivo investigar como ações artivistas estavam sendo construídas por coletivos sexodissidentes em Recife, em resistência à heteronormatividade (FALQUET, 2012; BUTLER, 2003; WITTIG, 1980a; 1980b; PRECIADO, 2014; COLLINS, 2017). Com base no método cartográfico (DELEUZE; GUATARRI, 1995; ROLNIK, 2006), foram mapeados coletivos sexodissidentes que estavam criando artivismos, desses, cinco coletivos tiveram o foco da pesquisa para aprofundamento das análises à partir de entrevistas cartográficas semi-estruturadas (PASSOS; KASTRUP, 2013), e observação participante com produção de diário de campo (BARROS; KASTRUP, 2015), que foram: “Monstruosas”, “Distro Dysca”, “Infecciosxs”, “Ocupe Sapatão” e “Hypnos”. Também foi feito um mapeamento de ocupação do território da cidade, assim como de articulações em “rede” entre essas coletividades de Recife e com outros coletivos e territórios, as quais foram compreendidas como “redes criativas” (PHILIPPINI, 2011). À partir da análise de conteúdo (BARDIN, 1977), foi feita uma análise temática (BRAUN; CLARKE, 2006) das seguintes categorias: organização coletiva; território e articulações; e artivismos e dissidências; e foram analisados as tensões e dissensos (RANCIÈRE, 2007) presentes nessas ações artivistas coletivas que vem disputando narrativas no campo das sexopolíticas (PRECIADO, 2014; RUBIN, 2003). Foi encontrada uma forte predominância de atuação em torno de criações de espaços (eventos “nômades” de vários tipos, mas principalmente festas e festivais), criações de performances, e de um “hibridismo” das linguagens artísticas, assim como uma perspectiva subversiva e interseccional (CRENSHAW, 2002; COLLINS, 2017; PISCITELLI, 2008; NOGUEIRA, 2011; HARAWAY, 2000), visibilizando um discurso de valorização das diferenças para além das questões das dissidências sexuais e de gênero, mas dessas articuladas com marcadores de raça, classe e outros, o que possibilitou refletir sobre as (formul)ações políticas de resistências interseccionais das multidões de corpos dissidentes através dos artivismos. |