INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO: UM OLHAR SOBRE A ESCOLA PÚBLICA BAIANA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Peixoto, Roberta Pereira
Orientador(a): Siqueira, Domingos Sávio Pimentel
Banca de defesa: Lima, Diógenes Cândido de, Oliveira, Irenilza Oliveira e, Scheyerl, Denise Chaves de Menezes, Porfirio, Lucielen
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28678
Resumo: A comunicação em encontros multiculturais vem, cada vez mais, sendo efetivada mediante o uso do inglês funcionando como língua franca global (SEIDLHOFER, 2001, 2011; JENKINS, 2000, 2007, 2015). Mesmo diante do significativo avanço nos estudos sobre a temática, a sala de aula, considerada a representação do mundo que a cerca, parece estar isolada desse cenário. O objetivo geral deste trabalho de pesquisa é identificar se e como professores de língua inglesa da escola pública da rede estadual de ensino da Bahia (re)conhecem o estatuto do inglês como língua franca (ILF) e se pensam e planejam sua prática pedagógica a fim de proporcionar aos seus alunos não apenas o conhecimento formal da língua, mas, principalmente, meios que possibilitem a conquista de seu empoderamento a partir do domínio desta nova língua. Os fundamentos teóricos buscam contextualizar o leitor a respeito do processo de expansão da LI e como esta língua vem sendo vista e usada no mundo atualmente, quando conquistou o status de língua franca global, possibilitando a integração entre povos de todas as partes do planeta. Também trazem aspectos relacionados às implicações pedagógicas do ILF e à formação de professores. Ademais, aspectos relacionados à Pedagogia Crítica, ao empoderamento e à perspectiva do professor como intelectual transformador são abordados, uma vez que se espera que a prática pedagógica de qualquer educador, principalmente atuando no contexto da escola pública, esteja fundamentada nesses princípios. A investigação insere-se no campo da Linguística Aplicada e configura-se um estudo de cunho etnográfico e interpretativista. Inicialmente, foi enviado um questionário online para uma escola de cada um dos 417 municípios baianos, direcionado a professores de inglês, a fim de que fosse traçado um panorama inicial. Em seguida, foram selecionados 7 (sete) docentes, lotados em unidades de ensino nos municípios de Alagoinhas, Amargosa, Bom Jesus da Lapa, Eunápolis, Luís Eduardo Magalhães, Mirangaba e Salvador, para a realização das duas etapas seguintes da geração de dados: o registro etnográfico das aulas e a gravação das entrevistas semiestruturadas. A partir dos dados gerados em todas as etapas do trabalho, culminando com a devida triangulação, foi possível concluir que os princípios teóricos do ILF é algo ‘novo’ para os professores participantes e o que é colocado em prática, que possa a vir a ter relação com os princípios de ILF, ocorre de forma intuitiva e não com base no conhecimento teórico sobre o tema, implementado de maneira consciente. Além disso, o estudo demonstrou que a maioria dos professores investigados vê a língua que ensina como uma forma de promover o desenvolvimento do empoderamento dos seus alunos. Desse modo, fica evidente a necessidade de inclusão dessas questões na formação docente, bem como na capacitação continuada daqueles que já se encontram atuando na área. Além dos aspectos voltados para o ILF, é fundamental que também sejam promovidas discussões com os profissionais sobre temas como identidade e educação empoderadora.