A arquitetura do terreiro de candomblé de culto aos Egum: o Omo Ilê Aboulá – um templo da ancestralidade afro-brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Velame, Fabio Macedo
Orientador(a): Silva, Odete Dourado
Banca de defesa: Silva, Odete Dourado, Braga, Julio Santana, Serpa, Angelo Szaniecki Perret
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Arquitetura
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30165
Resumo: A presente dissertação busca entender como a cultura afro-brasileira determina a arquitetura e a espacialidade interna do terreiro de culto aos ancestrais, os Egum, o Omo Ilê Aboulá, localizado no povoado de Ponta de Areia na Ilha de Itaparica caracterizando a sua formação, construção, estruturação, organização, e funcionamento. Procura-se estabelecer a relação Cultura-Arquitetura. Para tanto buscou-se desvelar e desocultar cada ente que compõe a arquitetura do terreiro, ou seja, buscou-se compreender o significado, o sentido, as definições, os conceitos de cada elemento construído, natural, e espaços em si mesmo, e em suas relações com os demais, construindo um conjunto de relações que revelam este mundo afro-brasileiro. Para o desenvolvimento do trabalho foi adotado uma abordagem metodológica Fenomenológica, onde os membros da sociedade de culto aos Egum, notadamente o Alabá do templo (sumo sacerdote) Balbino de Paula e os Ojés Abás tiveram um papel central, pois o trabalho de produção de pesquisa de campo, dados primários, levantamento dos entes do terreiro foram produzidos e feitos por eles com o meu acompanhamento, ou seja, levantamento do cadastro arquitetônico do terreiro, levantamentos fotográficos, plantas arquitetônicas, e a elaboração de um projeto arquitetônico para a casa, sempre seguida por entrevistas qualitativas respectivas a cada etapa, chamadas por eles as ‘’conversas’’, que possibilitaram o desvelamento paulatino destes entes por eles pois participaram em todas as etapas do processo. Portanto, se estabelece uma relação em que a arquitetura ao mesmo tempo é determinada e determinante da cultura do culto aos ancestrais, onde à dimensão material e imaterial fundem-se e imbrincam-se na esfera da cultura.