Eosinofilia sanguínea, gravidade e controle da asma na coorte de asma grave do proar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Matos, Aline Silva e Lima
Orientador(a): Cruz, Álvaro A.
Banca de defesa: Costa, Ryan dos Santos, Fernandes, Jamille Souza, Santos, Pablo Moura, Melo, Luane Marques, Camargos, Paulo Augusto Moreira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós Graduação em Medicina e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29111
Resumo: Introdução: Asma é uma síndrome heterogênea com múltiplos fenótipos. A asma eosinofílica é considerada um fenótipo de resposta do tipo T2. Desta forma, a contagem de eosinófilos em sangue periférico pode ser um biomarcador ideal para identificar indivíduos com este fenótipo na rotina clínica. É amplamente disponível, de baixo custo, fácil de coletar e está associado com a eosinofilia do escarro induzido, que tem sido considerado o indicador de asma eosinofílica, um fenótipo do tipo T2. Objetivo: O objetivo desse estudo foi avaliar a eosinofilia sanguínea está relacionada à gravidade de asma e avaliar se a eosinofilia sanguínea está associada com a falta de controle dos sintomas de asma e obstrução das vias aéreas. Metodologia: Este é um estudo caso-controle. Os participantes do grupo caso foram recrutados de uma coorte de pacientes com asma grave, de um centro de referência público em Salvador (Brasil), que demandam corticosteroide inalado associado a broncodilatador de longa ação de forma contínua. Foram dois grupos controles: 1) indivíduos com asma leve/moderada; 2) indivíduos sem asma. Os participantes responderam a questionários, incluindo o ACQ6, tiveram amostras de sangue e de fezes coletadas, realizaram espirometria e teste alérgico cutâneo para aeroalérgenos locais relevantes. Foi considerada eosinofilia sanguínea a contagem de eosinófilos em sangue periférico ≥ 260 cel/mm3. Resultados: Foram avaliados 544 indivíduos no grupo caso, 452 com asma leve/moderada e 450 sem asma. O grupo caso teve mais chance de apresentar asma eosinofílica quando comparado ao grupo leve/moderado [OR 1.60 IC 95 (1.19-2.16)] e quando comparado ao grupo sem asma [OR 3.93; 95 CI (2.90-5.33)]. O fenótipo eosinofílico, de acordo com a eosinofilia de sangue periférico, está associado com asma não controlada [OR 1.56; 95 CI (1.06-2.28)], mas não está associado à obstrução das vias aéreas [OR 0.87; 95 CI (0.61-1.24)]. Conclusão: Em conclusão, uma contagem elevada de eosinófilos em sangue periférico é um biomarcador associado com gravidade de asma e falta de controle da doença em adultos brasileiros, mas não está associada á redução da função pulmonar.