Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Goulart, Amanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-06062017-162609/
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Resumo: |
A asma acomete cerca de trezentos milhões de pessoas em todo o mundo. A doença é caracterizada por falta de ar, chiado e compressão no peito, tosse como consequência da hiperresponsividade brônquica e limitação de fluxo aéreo, causadas pela inflamação pulmonar Th2 e eosinofílica. Porém, existem evidências de que a IL-22 e a IL-17 participam da patogênese da asma alérgica. Com intuito de compreender melhor o papel da IL-22 na asma alérgica, utilizamos camundongos deficientes em IL-22 (IL-22KO) comparando-os aos animais Wild Type (WT) expostos ao alérgeno. Animais WT e IL-22KO foram sensibilizados e desafiados com ovalbumina (OVA) e avaliados quanto à inflamação eosinofílica, produção de citocinas, produção de muco, e populações celulares no pulmão. Nossos resultados mostram que a ausência de IL-22 resultou em diminuição da eosinofilia, IL-5 e IL-13 no lavado broncoalveolar, de células CD4+IL-4+ nos linfonodos e diminuição na produção de muco nas vias aéreas. Além disso, os camundongos IL-22KO alérgicos apresentam diminuição na porcentagem e número de células dendríticas CD11c+CD11b+CD103- nos pulmões quando comparados aos respectivo grupo WT. A transferência de células Th17 geradas a partir de animais IL-22KO causou diminuição na eosinofilia em camundongos expostos ao alérgeno quando os mesmos foram comparados aos animais que receberam células Th17 geradas a partir de animais WT. Esse resultado atribui mais à IL-22 do que à IL- 17 papel patogênico na asma alérgica. Outro indício da participação patogênica da IL-22 na asma alérgica é o fato de que o tratamento alérgeno específico, combinado ou não com a terapia livre de alérgeno, induziu redução da eosinofilia, do infiltrado de células dendríticas e diminuição de IL-22 no lavado broncoalveolar. A provável ação da IL-22 é a manutenção da viabilidade e sobrevivência de eosinófilos nos pulmões, fazendo que estes leucócitos continuem auxiliando no recrutamento de células dendríticas responsáveis pela captura e apresentação do alérgeno nos linfonodos, onde haverá a diferenciação de linfócitos de padrão Th2. Essas células podem migrar para os pulmões, gerando aumento na inflamação no local. Em síntese, nosso estudo corrobora o papel proinflamatório da IL-22 na asma alérgica e mostra, de forma inédita, que a transferência de células Th17 produtoras de ambas as citocinas, IL-22 e IL-17, mas não a transferência de células produtoras apenas de IL-17, causa exacerbação da inflamação pulmonar, possivelmente relacionada com o papel da IL-22 em prevenir indiretamente a indução de apoptose nos eosinófilos. |