Dança sensorial háptica movimento inventivo, experiência multissensorial e corpoambiente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Bezerra, Marta Oliveira
Orientador(a): Ferreira, Maíra Spanghero
Banca de defesa: Machado, Adriana Bittencourt, Campos, Helio Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Dança
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Dança
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20711
Resumo: A Dança Sensorial Háptica é uma proposta de investigação do movimento baseada nos estudos do corpo em contato com o ambiente natural, sobretudo as experiências desenvolvidas através do evento Dançando nas Montanhas. Tem como premissa observar a si mesmo, em suas multidimensões cognitivas, enquanto toca, dança e interage sensorialmente com a natureza. Em uma abordagem sistêmica, o propósito é entender este diálogo do corpo com o ambiente observando tanto os processos relativos à experiência estética quanto os processos cognitivos, numa perspectiva mais que criativa: inventiva. Tendo como referencial os conceitos relativos à Teoria Geral da Relatividade em consonância com os estudos sobre a cognição inventiva, as principais referências bibliográficas são os físicos David Bohm (2011), Hélio Campos (2009) e a psicóloga Virgínia Kastrup (2007). Em se tratando dos conceitos relativos à natureza do tempo trago algumas citações de Henri Bergson (2006). Humberto Maturana e Francisco Varela (2011) para discutirmos as relações entre a cognição nos processos relacionados aos seres vivos, que servirão para elucidar as questões ligadas ao corpo ambiente, além de outros autores que indiretamente contribuirão nessa investigação. Focada nas qualidades de movimento de Valerie Hunt, nas relações dinâmicas do espaço/tempo e nos estados de corpo multissensoriais essa pesquisa visa fomentar uma proposta de processo criativo capaz de resignificar os sentidos e buscar na dança um tipo de percepção cinestésica, imanente e háptica. Isso significa que além de potencializar a experiência estética e desenvolver um tipo de inteligência proprioceptiva, não reativa, este tipo de prática corporal procura investigar a percepção sensorial, num estado de atenção corporal que coloca o dançarino enquanto observador de seus próprios condicionamentos, suas memórias reativas e seus hábitos sensoriais.