Fandango paranaense da Ilha dos Valadares – processos de tradução cultural e aprendizagem inventiva na dança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferreira, Thais de Jesus
Orientador(a): Matos, Lúcia Helena Alfredi de
Banca de defesa: Amoroso, Daniela Maria, Abib, Pedro Rodolpho Jungers
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Dança
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Dança
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19752
Resumo: Essa dissertação trata dos processos de tradução cultural e de aprendizagem inventiva na dança do Fandango Paranaense da Ilha dos Valadares, Paranaguá. O processo de tradução cultural consiste em um olhar para as tradições, atualizado e imbricado na dinamicidade da cultura popular, articulando, para tanto, perspectivas dos autores Bhabha (2013), Hall (2013) e Santos (2010). A aprendizagem inventiva (KASTRUP, 2007) se dá pela problematização e invenção, e essa proposta é deslocada para analisar os processos de ensino-aprendizagem presentes na dança popular, mais especificamente no Fandango Paranaense, considerando como um campo da educação não-formal. Essa manifestação popular foi entrecruzada por processos de resistência e ressignificação, ao mesmo tempo em que por colonização e recolonização, possibilitando, de um lado, a inventividade e, de outro, a obliteração do processo de criação. Assim, a aprendizagem da dança popular brasileira, no caso o Fandango, se apresentou por diferentes aspectos, pela repetição e replicação de movimentos e pela ação criativa e inventiva nos estados de corpo. A cartografia (PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2009), como uma tipologia das pesquisas de cunho qualitativo, foi adotada como percurso metodológico, constituído no ato de pesquisar, visando entender a relação entre cultura e educação. Assim, a imersão no campo da pesquisa, a contextualização do Fandango e as ações corporificadas que emergiram do processo constituíram os caminhos. Para tanto, algumas pistas se compuseram delineando a pesquisa de campo: corpo-dança, corpo-texto e corpo-dança-caiçara; e para complementar as pistas norteadoras se criaram micro pistas que são: parar para olhar, ouvir e sentir; pousar e desfocar a atenção; intervir sem inferir; registrar sensações e anseios; acompanhar processos; e descrever ações. As pistas criadas desenharam caminhos para a compreensão da problemática, que permitiu, pela observação participativa, a tradução cultural do Fandango Paranaense e o entendimento dos processos de aprendizagem na dança popular brasileira que apresentaram a ação corporificada de distintas formas, inventivas e/ou repetitivas, com as replicações abarcando as diferenças.