EUGENOL NO MANEJO DE PINTADO AMAZÔNICO (Pseudoplatystoma reticulatum X Leiarius marmoratus) E NO TRANSPORTE DE ACARÁ- BANDEIRA (Pterophyllum scalare)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Crislaine Palmeira Barbosa de
Orientador(a): Copatti, Carlos Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia,
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30266
Resumo: O eugenol é o principal composto químico do óleo de cravo, usualmente empregado na aquicultura para sedação e anestesia de peixes. O estudo objetivou avaliar o tempo de indução e recuperação anestésica em juvenis de pintado amazônico e acará-bandeira expostos a diferentes concentrações de eugenol e verificar sua efetividade no manejo de pintado amazônico e no transporte de acará-bandeira. Juvenis de pintado amazônico e acará-bandeira foram transferidos para aquários contendo diferentes concentrações de eugenol: 0, 10, 15, 20, 30, 40, 50 e 60 µL L -1 . Para a avaliação de eugenol no manejo de pintado amazônico, foi verificado sua efetividade através de variáveis bioquímicas e hematológicas. Para isto, os peixes foram divididos em dois grupos: anestesiados com 50 µL L -1 de eugenol e não anestesiados, e avaliados em 0, 1 e 5 h após o manejo. Para a avaliação de eugenol no transporte de acará-bandeira, foi verificado sua efetividade através de variáveis bioquímicas (glicose e glicogênio) e de qualidade de água. Para isto, os exemplares foram divididos em dois grupos: sedados com 15 µL L -1 de eugenol e não sedados e, avaliados em 4 e 7 h. A mínima concentração efetiva para sedação e anestesia em pintado amazônico ocorreu com o uso de 20 e 50 µL L -1 de eugenol, respectivamente. Ocorreu 25 e 50 % de mortalidade nos tempos 0 e 1 h após o manejo no grupo controle. Os níveis plasmáticos de cortisol foram maiores em exemplares não anestesiados no tempo 0 h quando comparados a exemplares anestesiados no mesmo tempo e exemplares não anestesiados 5 h após o manejo (P < 0,05). No grupo controle, os níveis plasmáticos de cortisol, glicose, proteína total e albumina foram significativamente menores no tempo 5 h após o manejo do estresse (P <0,05). Os valores de trombócitos e neutrófilos foram menores no grupo de peixes controle quando comparados aos peixes anestesiados nos tempos 1 e 5 h após o manejo do estresse, respectivamente (P <0,05). Para acará-bandeira, os níveis de amônia total na água foram significativamente maiores no grupo controle no tempo 7 h do que em exemplares sedados no mesmo tempo (P < 0,05). Os níveis de glicose sanguínea no grupo de exemplares sedados foram significativamente maiores em relação ao grupo controle no tempo 7 h (P < 0,05). Conclui-se que, em pintado amazônico, o uso de 50 µL L -1 eugenol é eficiente como anestésico e reduz o estresse de manejo e, em acará-bandeira, o uso de 15 µL L -1 de eugenol é eficiente como sedativo para transporte de até 7 h.