Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
PORFIRIO PASSOS, GABRIELA |
Orientador(a): |
BARROUIN MELO, STELLA MARIA |
Banca de defesa: |
BAHIENSE, THIAGO CAMPANHARO,
DE PINHO, FLAVIANE ALVES,
FRANKE, CARLOS ROBERTO,
PORTELA, RICARDO WAGNER DIAS |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-graduação em Ciência Animal nos Trópicos
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31750
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Resumo: |
Este é o primeiro estudo sobre o uso de lipofosfoglicanos (LPG) de Leishmania infantum no diagnóstico da leishmaniose visceral (LV) em cães infectados e com diferentes apresentações clínicas da doença. A LV canina (LVC) é uma zoonose crônica, transmitida nas Américas por insetos vetores do gênero Lutzomyia, sendo a L. infantum a espécie isolada em cães infectados. A susceptibilidade ou resistência do cão ao desenvolvimento da doença clínica dependem da resposta imune desencadeada pelo parasito após a infecção. Os LPGs sãos moléculas que medeiam etapas metabólicas essenciais à virulência da Leishmania, tanto no vetor flebotomíneo quanto no hospedeiro mamífero. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o LPG como antígeno para imunodiagnóstico da LVC pelo teste ELISA indireto. Para padronização do ensaio ELISA-LPG, foram utilizadas 165 amostras de soro de cães, 97 positivos na análise molecular (PCR) de aspirado esplênico e infectados naturalmente por L. infantum e estadiados clínica e laboratorialmente em 10,3% (10/97) no estadio I, em 23,7% (23/97) no estadio II em 57,7% (56/96) no estadio III e em 8,2% (8/97) no estadio IV. Como controles negativos, foram utilizados 68 soros de cães de área não endêmica para LVC. As amostras de soro testadas pelo ELISA-LPG foram comparativamente testadas por ELISA indireto utilizando antígeno total lisado (ATL) de L. infantum (ELISA-ATL). O ELISA-LPG apresentou sensibilidade de 91,7%, especificidade de 98,5%, acurácia 99,7%, valor preditivo positivo (VPP) 98,8%, e valor preditivo negativo (VPN) 89,3%. Para verificação de reatividade cruzada nos ensaios ELISA-LPG e ELISA-ATL, foram utilizados soros de cães naturalmente infectados por Hepatozoon canis, Ehrlichia canis, Babesia vogeli canis, Anaplasma platys, Leishmania braziliensis e amostras de soro de cães infectados experimentalmente por Trypanosoma cruzi nas fases aguda e crônica. O teste ELISA-ATL, o qual teve 98,8% de especificidade e 85% de sensibilidade, apresentou reação cruzada para Ehrlichia canis e Babesia vogeli canis, enquanto que no ensaio ELISA-LPG não houve reação cruzada em soros de cães infectados com nenhum dos agentes testados. As amostras de soro de nove em 10 cães sem sinais clínicos, classificados no estadio I da LVC, foram positivas no ELISA-LPG, enquanto o ELISA-ATL não apresentou sororreatividade para nenhuma dessas amostras. O ELISA-LPG apresentou também maior intensidade de reatividade em amostras de soro de cães no estadio II da LVC, quando comparado ao ELISA-ATL. Conclui-se que o LPG de superfície de L. infantum foi reconhecido por soros de cães infectados e demonstrou ser uma ferramenta com alto poder de detecção de cães sem sinais clínicos. Os resultados permitem recomendar a aplicação do ELISA-LPG para o diagnóstico sorológico de LVC. |