Avaliação de danos teciduais após vacinação com proteína recombinante lipofosfoglicano-3 e revisão sistemática da associação de drogas visando o controle da leishmaniose visceral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Bastos, Daniel Silva Sena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27936
Resumo: Contextualização: Leishmaniose visceral (LV) é considerada uma doença tropical negligenciada causada por Leishmania infantum no norte da África, Europa e América Latina e no subcontinente da Índia e leste da África ocorre prevalência de Leishmania donovani. A doença é amplamente distribuída ao redor do mundo e se tornou um problema de saúde pública em 88 países. O tratamento atual para LV é limitado a quimioterapia utilizando antimônios pentavalentes seguido de pentamidina ou anfotericina B como segunda escolha. Entretanto estas drogas possuem efeitos adversos marcantes e apresentam baixa eficácia em alguns casos. Além disso, não existem vacinas disponíveis para programas de imunização em massa para o controle efetivo da doença. Objetivos: i) Avaliar efeito da infecção por Leishmania infantum chagasi no fígado de camundongos vacinados com a proteína recombinante lipofosfoglicano-3, considerando os parâmetros de dano tecidual e resposta inflamatório produzido pela vacina; ii) Verificar a efetividade da combinação de drogas para o tratamento da LV através de uma revisão sistemática. Métodos: i) Utilizamos a proteína recombinante LPG3 (rLPG3) como imunógeno em camundongos BALB/c antes do desafio com formas promastigotas de L. infantum chagasi. Os animais foram separados em 5 grupos: NI: animais não infectados; NV: não vacinados; SAP: imunizado com saponina; rLPG3: imunizado com rLPG3; rLPG3 + SAP: imunizado com rLPG3 mais SAP. A experimento foi conduzida em réplica e o protocolo de vacinação consistiu em três doses subcutâneas de rLPG3 (40 µg + dois reforços de 20 µg). Os camundongos foram desafiados três semanas após a última imunização; ii) As diretrizes do PRISMA (Principais Itens para Relatar Revisões sistemáticas e Meta-análises) foram adotadas para a realização da revisão sistemática. A plataforma SYRCLE’s Risk of Bias foi utilizada para análise da qualidade metodológica dos estudos. Resultados: i) Nossos resultados demostraram que a imunização com rLPG3 + SAP reduziu o parasitismo em 99%, conferindo proteção imunológica ao fígado dos animais infectados. A imunização aumentou as defesas oxidantes, aumentando a atividade de CAT e GST enquanto reduziu os marcadores de dano oxidativo como H2O2 e NO3/NO2 e proteína carbonilada. Como consequência, a imunização com rLPG3 + SAP preservou integridade tecidual e reduziu a formação de granuloma, infiltrado inflamatório, e as concentrações séricas de AST, ALT, ALP; ii) A combinação de drogas é efetiva, reduzindo o parasitismo, a dosagem e o tempo de tratamento fazendo com que o tratamento apresente menos efeitos adversos. Conclusão: Nossos resultados mostram que a vacina com rLPG3 confere proteção em camundongos desafiados com L. infantum chagasi, enquanto previne os efeitos prejudiciais causados pela vacina além da infecção. Nós acreditamos que a combinação de drogas para o tratamento da LV é eficiente, entretanto a heterogeneidade dos estudos torna difícil a obtenção de uma evidência clara. Palavras-chave: LPG3. Leishmaniose Visceral. Morfologia do Fígado. Estresse Oxidativo. Vacina.