Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Jesus, Matheus Silva de |
Orientador(a): |
Fraga, Deborah Bittencourt Mothé,
Rampazzo, Rita de Cassia Pontello |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50559
|
Resumo: |
INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença zoonótica, causada por protozoários, na qual os cães são os principais reservatórios urbanos. Medidas de controle e tratamento de animais infectados são essenciais para reduzir os casos de LV. A detecção precoce e acurada de cães infectados com Leishmania infantum pode estar limitando o sucesso do controle da LV. Com o objetivo de aprimorar o sorodiagnóstico da leishmaniose visceral canina (LVC), objetivamos avaliar a precocidade de uma proteína recombinante (rLci5) em um ensaio imunoabsorvente (ELISA) na detecção de cães infectados. Adicionalmente, avaliamos a persistência dos resultados positivos obtidos pelo ELISA rLci5 em cães acompanhados quando comparados a outros testes diagnósticos usuais de LVC, sorológicos (DPP-LVC, EIE-LVC), cultura e teste molecular (qPCR) ao longo do tempo de infecção desses animais. MÉTODOS: Amostras de soro de 48 cães infectados com L. infantum provenientes de uma coorte foram avaliadas para LVC usando diferentes testes diagnósticos (qPCR, EIE-LVC, DPP-LVC e cultura), seus resultados foram comparados com a detecção do ELISA rLci5 para determinar qual desses testes foi capaz de diagnosticar a infecção por L. infantum precocemente. Além disso, ao longo do tempo comparamos os resultados para LVC de cada cão, usando os mesmos testes diagnósticos durante a coorte para avaliar a persistência dos resultados positivos. RESULTADOS: O ELISA rLci5 apresentou taxas mais altas de resultados positivos em pontos temporais iniciais em comparação com os outros testes diagnósticos empregados no estudo de coorte, até 24 meses antes da detecção por outros testes. A positividade para o ELISA rLci5 foi de 52,1% (25/48) no início do estudo, enquanto qPCR foi de 35,4% (17/48), DPP-LVC 27,1% (13/48), EIE-LVC 22,9% (11/48) e cultura apenas 4,2 % (2/48). Em pelo menos um dos pontos de tempo do estudo de coorte de 24 meses, o ELISA rLci5 foi positivo em 100% (48/48) dos cães, contra 83% (40/48) para qPCR, 75% (36/48) para DPP-LVC, 65% (31/48) para EIE-LVC e 31% (15/48) para cultura. Investigando sinais clínicos em associação com positividade de teste diagnóstico, o ELISA rLci5 detectou LVC em 62,9% (95/151) das avaliações clínicas com uma escores de 0\20133, 64,3% (45/70) com escores entre 4 e 7, e 73,7% (14/19) com escores > 7, proporcionando maiores taxas de positividade do que todos os outros métodos avaliados. Além disso, o rLci5 ELISA apresentou a maior persistência com relação à positividade do teste: 45,8% dos cães avaliados. CONCLUSÃO: Quatro testes diagnósticos para LVC foram comparados ao ELISA rLci5, que apresentou diagnóstico de infecção mais precoce e maior persistência de resultados positivos. Portanto, o uso de rLci5 em ensaios ELISA pode melhorar o desempenho do diagnóstico da LVC, diagnosticando cães infectados mais cedo que outros testes diagnósticos e tendo detecção persistente ao longo do curso da infecção. |