ECOEPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS EM UMA REGIÃO DO ESTADO DA BAHIA, BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Flávia dos lattes
Orientador(a): Franke, Carlos Roberto
Banca de defesa: Franke, Carlos Roberto, Almeida, Carlos Eduardo, Rosa, João Aristeu da, Silva, Aristeu Vieira da, Oliveira, Jader de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41334
Resumo: SANTOS, F. Ecoepidemiologia da doença de Chagas em uma região do Estado da Bahia, Brasil. 2022. 96p. Tese (Doutora em Ciência Animal nos Trópicos) – Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia – Universidade Federal da Bahia, 2022. Este estudo teve como objetivo caracterizar o papel vetorial dos triatomíneos encontrados no distrito de Santo Inácio, Bahia, Nordeste do Brasil e estimar a frequência de infecção por T. cruzi nesses vetores, bem como em cães, mamíferos silvestres e humanos. As possíveis fontes alimentares de sangue dos triatomíneos foram analisadas. Além disso, avaliou a percepção, o conhecimento e as práticas preventivas adotadas pela população em relação à doença de Chagas (DC). Os residentes amostrados (n = 126) foram soronegativos para T. cruzi, enquanto que 17,5% (7/40) dos cães amostrados foram soropositivos. Dos mamíferos silvestres capturados, um espécime de Didelphis albiventris (1/3) e outro de Kerodon rupestris (1/5) foram positivos para T. cruzi por PCR. Nenhum Thrichomys sp. (0/23) foi positivo para T. cruzi. Dos 169 triatomíneos capturados, a espécie Triatoma sherlocki foi a mais prevalente (n = 164), seguida das espécies Triatoma sordida (n = 4) e Panstrongylus sherlocki sn Panstrongylus lutzi (n = 1). A taxa de infecção para T. cruzi por PCR nas espécies de triatomíneos analisadas foi de 18,5% (28/151), 0% (0/3) e 100% (1/1), respectivamente. A detecção da fonte alimentar foi possível em 56 triatomíneos da espécie T. sherlocki. A espécie K. rupestris foi a mais frequente fonte alimentar (35,7%), seguida por Gallus gallus (17,9%), D. albiventris (14,3%), Homo sapiens (14,3%), Tropidurus hispidus (7,1%), Leopardus geoffroyi (5,3%), Conepatus semistriatus (1,8%), Thrichomys inermis (1,8%) e Rattus norvegicus (1,8%). Os residentes têm percepção e conhecimento limitados sobre a DC, refletindo na baixa adoção de práticas de prevenção e controle de triatomíneos em seus domicílios. Os resultados sugerem a existência dos ciclos doméstico, peridoméstico e silvestre de transmissão de T. cruzi, configurando um risco latente de infecção para a população humana.