Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Brito, Raíssa Nogueira de |
Orientador(a): |
Diotaiuti, Liléia Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/19541
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Resumo: |
No estado de Tocantins, Brasil coexiste dois cenários eco-epidemiológicos relacionados à transmissão vetorial do Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas (DC): 1) transmissão endêmica vetorial clássica a partir de triatomíneos que colonizam o ambiente artificial e 2) invasão domiciliar por vetores silvestres, sem colonização, expondo a população ao risco de infecção. Dessa forma, é de extrema importância demonstrar o risco de transmissão do T. cruzi em áreas onde o clássico controle vetorial não é eficaz em impedir a invasão domiciliar por triatomíneos. Diante disso, o principal objetivo deste estudo foi avaliar a invasão domiciliar por triatomíneos no estado de Tocantins, identificando as principais espécies envolvidas, índices de infecção pelo T. cruzi , bem como a relação entre focos de infestação por vetores não domiciliados e características ambientais. Para isso, o estudo parte da base de dados correspondente a nove anos (2005 a 2013) de notificação de triatomíneos em residências do estado, seguida de Modelagem Ecológica (ME). No período, foram notificados 30.773 triatomíneos, totalizando 14 espécies autóctones entre vetores domiciliados e não domiciliados. Triatoma sordida demonstrou maior índice de colonização no intra (41%) e peridomicílio (96%) e menor taxa de infecção natural (1,6%). Dentre os vetores não domiciliados Rhodnius pictipes foi a espécie mais notificada (4.624), seguida por Pantrongylus geniculatus (2.889) , Rhodnius neglectus (2.433) , Triatoma costalimai (816) e Rhodnius robustus (783), todos com relevantes taxas de infecção natural e potencial de colonização intradomiciliar, exceto R. robustus. A região norte de Tocantins apresentou maior número de vetores não domiciliados nas residências. Em números absolutos, fêmeas de Rhodnius invadiram mais os domicílios em relação aos machos. De forma geral, a ME estimou mais invasões domiciliares por R. pictipes, R. robustus, R. neglectus e P. geniculatus em municípios com temperaturas mais amenas; em áreas fortemente “antropizadas” foi predito menos invasões, exceto para R. robustus. Mais invasões por R. pictipes podem ocorrer em municípios Amazônicos. Em municípios mais úmidos foi predito menos invasões por R. pictipes e R. robustus. Os resultados da ME ajudaram a explicar a variação das invasões domiciliares nos municípios do estado. A análise de dados combinados do Clima, Paisagem, Região e vetores, auxilia na predição/estratificação de risco de DC na ausência de colonização intradomiciliar por triatomíneos. Além disso, abre possibilidades adicionais para melhorar a vigilância epidemiológica nestas áreas. |