Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marcelo Renato Siquara |
Orientador(a): |
Aras, Lina Maria Brandão de |
Banca de defesa: |
Aras, Lina Maria Brandão de,
Moura, Milton Araújo,
Oliveira, Rodrigo Perez,
Guerra Filho, Sérgio Armando Diniz,
Souza Filho, Argemiro Ribeiro de |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31941
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Resumo: |
Após a Revolução do Porto (1820), a província da Bahia vivenciou uma nova dinâmica política. O antigo súdito do Império português, alçado a condição de cidadão, passou a desfrutar as benesses facultadas pelo liberalismo constitucional. No exercício político dos seus direitos e deveres, amparados nas Bases Constitucionais elaboradas pelas Cortes de Lisboa, e refletindo sobre um conjunto de conceitos esquadrinhados pelo Catecismo Político que circulou em Salvador, o cidadão português passou a sugerir mudanças e a questionar antigos problemas que afligiam a sociedade. A profusão de impressos e manuscritos, e as discursões suscitadas a partir da publicização de seus conteúdos, favoreceu a ampliação dessa participação. Além disso, o olhar crítico do cidadão sobre os projetos políticos defendidos pela maioria dos congressistas portugueses, que resultou na formação de partidos distintos na província, contribuiu para o agravamento no quadro de tensões. Cabe ressaltar que, a princípio, a luta pela independência brasileira esteve vinculada a manutenção da unidade do Império português, amparada no princípio da paridade de direitos. Porém, este desejo inicial sofreu uma viragem a partir do momento em que a proposta de construção do novo pacto social passou a ser percebida como um escuso projeto de recolonização. A partir de então, a opção pela ruptura, sob os auspícios do príncipe dom Pedro, tornou-se um caminho sem volta. De toda sorte, a vinculação da província da Bahia neste circuito de mudanças resultou na incidência de um conjunto de alterações – de ordem política, econômica, social e cultural. Enfim, diante do exposto, defendo que o estudo da cultura letrada na Bahia (1821-1823), a partir da análise da experiência da independência brasileira, será capaz de ampliar a percepção sobre o processo histórico que resultou na separação entre os reinos irmãos. Acredito que essa abordagem histórica produzirá respostas que expliquem as relações estabelecidas entre o Estado e a sociedade em um contexto liberal e constitucional. A análise e o confronto de variadas fontes – primárias e secundárias –, em arquivos brasileiros e portugueses, tende a contribuir para o sucesso dessa empreitada. |