Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Laise Cedraz |
Orientador(a): |
Figueirêdo, Camila Alexandrina Viana de |
Banca de defesa: |
Figueirêdo, Camila Alexandrina Viana de,
Piuvezam, Marcia Regina,
Carneiro, Valdirene Leão,
Rodriguez, Tânia Tavares,
Silva, Luciana Lyra Casais e |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia.
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas.
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20850
|
Resumo: |
Introdução: O diabetes tipo 1 autoimune é caracterizado por destruição das células pancreáticas e ativação de mecanismos imunológicos celulares e humorais. O tratamento com insulina exógena é oneroso, apresenta efeito colateral como a hipoglicemia e não modula ação inflamatória pancreática. A busca de novos fármacos alternativos anti-inflamatórios e imunomoduladores, torna-se uma estratégia para o controle desta doença crônica. Ácidos graxos apresentam uma dinâmica de interação metabólica e podem desempenhar algum papel na diminuição dos eventos imunológicos e controle da homeostase glicêmica no diabetes melito tipo 1. A Annona muricata (graviola) é uma árvore que apresenta várias propriedades biológicas descritas na literatura tais como gastroprotetora, antioxidante, anticancerígena, anti-inflamatória, hipoglicemiante, antidiabética, dentre outras. A ação antidiabética já foi identificada, especialmente, nos extratos da folha da graviola e há uma limitação de dados sobre caracterização e propriedades do óleo das sementes da planta. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram caracterizar as propriedades físico-químicas e ação imunomoduladora do óleo em modelos de diabetes autoimune in vitro e in vivo. Metodologia: Foram investigados a composição centesimal, compostos fenólicos totais e atividade antioxidante in vitro pelos métodos DPPH ABTS e FRAP. O óleo das sementes foi extraído por Blig-Dyer e o perfil de ácidos graxos foi determinado por cromatografia gasosa. A presença de acetogeninas foi avaliada por cromatografia de camada fina e a massa molecular foi identificada por HPLC-DAD. A toxicidade in vitro do óleo (4000-7,8μg/mL) foi avaliada pelos ensaios do MTT-Tetrazólio e Resazurina sódica em cultura de esplenócitos murino e de sangue total humano. A toxicidade in vivo foi avaliada após 14 dias de exposição ao óleo, com administração oral de doses de 0,5 e 1,0mL/Kg/peso. Sobrevida, Glicemia, colesterol total, creatinina, uréia, alterações físicas e histopatologia hepática e renal foram avaliados. O protocolo experimental do DM1 induzido por STZ (3 x 100mg/Kg) foi de 48 dias em que camundongos BALB/c foram pré-tratados ou não com 1,0mL/Kg/peso do óleo por via oral. Glicemia, insulina, área das ilhotas, histopatologia hepática e pancreática, alterações físicas, ALT e creatinina foram avaliados. As citocinas IL-10, IL-4 e IL-17 foram dosadas em sobrenadantes de cultura de esplenócitos de animais diabéticos na presença ou não do óleo (125, 61,5 e 31μg/mL) por ELISA. Além disso, também por ELISA, IFN-y e IL-10 foram dosados em cultura de sangue total de pacientes diabéticos ou controles não diabéticos, na presença ou não do óleo da graviola (125, 61,5 e 31μg/mL). Resultados: As sementes apresentaram teor de 18% de lipídios e 310-320mg% de compostos fenólicos. O óleo tem baixa ação antioxidante in vitro e é fonte de ácidos graxos oléico e linoléico. Acetogeninas foram confirmadas no óleo e frações, sendo a anonacina a mais predominante. O precipitado do óleo bruto apresentou toxicidade in vivo, diferente do óleo filtrado. Concentrações abaixo de 125μg/mL do óleo não apresentaram citotoxidade in vitro. O tratamento dos animais diabéticos com o óleo (Stz-FLOsg) levou a um efeito anti-hiperglicêmico, preservou a área das ilhotas e diminuiu atrofia das ilhotas, recuperou parcialmente o glicogênio hepático e evitou/regenerou danos oxidativos hepáticos. Em cultura de esplenócitos, a exposição do óleo na concentração de 125μg/mL aumentou a produção de IL-4 e IL-10. Em cultura de sangue total humano, a exposição ao óleo reduziu os níveis de IFN-y e não alterou os níveis de IL-10. Conclusão: O óleo da semente da A. muricata apresentou qualidade nutritiva, potencial antidiabético, potencial imunomodulador e anti-inflamatório in vitro. |