Interação pai-mãe-filho: praticas de enfermeiras em UTI neonatal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Veigas, Karina Braga lattes
Orientador(a): Martins, Ridalva Dias Félix lattes
Banca de defesa: Martins, Ridalva Dias Félix lattes, Martins, Lucas Amaral lattes, Palombo, Cláudia Nery Teixeira lattes, Silva, Josielson Costa da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38516
Resumo: A gestação e o nascimento do bebê são momentos únicos para a mãe, pai e família. Especialmente transformador quando acontece o nascimento precoce com a chegada do bebê prematuro, que ao necessitar dos cuidados intensivos na UTI Neonatal para sobreviver impacta a idealização do bebê real, emoções e rotina dos pais/família. E requer diuturnamente da enfermeira capacitação, empatia e habilidade de comunicação para o exercício da prática assistencial, na realização do acolhimento e apoio aos pais para superação das suas dificuldades, empoderamento e participação nos cuidados com o filho. No sentido de suprir as necessidades físicas e socioemocionais do bebê e dos pais ao proporcionar a interação e o desenvolvimento do vínculo. Este estudo tem como propósito apreender como as enfermeiras da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) proporcionam a interação para a formação do vínculo pai- mãe-filho. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, realizada com 11 enfermeiras assistenciais numa UTIN em Salvador-Ba. Ancorada na Teoria do Apego de John Bowlby, referente as suas ações assistenciais desenvolvidas nesta unidade para a formação do vínculo pai-mãe-filho, compreendendo a sua repercussão sobre o desenvolvimento infantil saudável do bebê. A coleta de dados ocorreu no formato presencial, no período de março à abril de 2022, em contexto pandêmico, com respeito as medidas sanitárias de proteção e contenção de propagação da doença. Através de entrevistas semiestruradas audiogravadas e observação direta não participativa da prática assistencial das enfermeiras no lócus da pesquisa. Com inclusão das enfermeiras assistenciais atuantes a mais de um ano na unidade. E exclusão das enfermeiras em licença/férias. Utilizando-se das seguintes perguntas: 1. Como você define vínculo?; 2. Quais ações realizadas por você na UTIN promovem a interação para a formação do vínculo pai-mãe-filho? e 3. Para você quais ações assistenciais e gerenciais da enfermagem estão direcionadas a promoção da interação para a formação do vínculo entre o trinômio nessa unidade? Na análise dos conteúdos, utilizou-se do auxílio do software NVivo 12 para organização e codificação dos dados, a fim de otimizar a interpretação da pesquisadora e construto da pesquisa. Como resultado a nuvem de palavras permitiu identificar os atores e correlacionar as ações que envolvem a formação do vínculo afetivo. Com a identificação das categorias de análise: 1. O vínculo para as enfermeiras na UTIN; 2. Ações da enfermeira para a interação e formação do vínculo na UTIN; 3. Ações da equipe para a interação e formação do vínculo na UTIN e 4. Ações gerenciais para a interação e formação do vínculo na UTIN. Conclui-se que as enfermeiras da UTIN compreendem o vínculo como uma relação duradoura que envolve a interação entre duas pessoas para se desenvolver, e se reconhecem como mediadoras nesse processo entre pais e filhos. Nesse sentido, espera-se da enfermagem neonatal o desenvolvimento de práticas assistenciais individualizadas direcionadas à promoção precoce da interação social entre pai-mãe-filho, com vistas ao fortalecimento do vínculo afetivo fragilizado pela hospitalização, como garantia à recuperação clínica, ao desenvolvimento da saúde mental do bebê e consolidação da família.