Cateterismo central por inserção periférica em UTI neonatal de nível terciário: incidência de complicações e fatores de risco associados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sakita, Neusa Keico
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-19022010-124932/
Resumo: O cateter central de inserção periférica (PICC) é um dispositivo com utilização crescente nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Objetivos Caracterizar a incidência de complicações e os fatores de risco associados à passagem do PICC em recém-nascidos pré-termo (RNPT) internados em uma UTIN de nível terciário. Casuística e Métodos: Foram estudados 128 recémnascidos pré-termo internados na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal (UCINE) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de janeiro de 2004 a julho de 2007. O estudo foi prospectivo tipo coorte não comparado realizado através da coleta de dados dos RNPT obtidos dos prontuários e pela coleta de informações de um formulário preenchido pelo profissional responsável pela inserção do cateter. A média da idade gestacional foi de 32,2 semanas e o peso médio dos RNPT foi de 1336 gramas (g). Resultados: Dos 128 pacientes estudados, 68 (53,1%) eram do sexo feminino. Com relação ao diagnóstico admissional dos RNPT, a doença das membranas hialinas esteve presente em 44 (34,4 %), desconforto respiratório não classificado em 28 (21,9%), risco infeccioso em 23 (18%), malformação digestiva em 18 (14%) foram os mais comuns. O número total de PICC inseridos foi de 148, sendo que 114 (89%) dos neonatos receberam um cateter, nove (7%) dois, quatro (3%) receberam três cateteres e um recebeu quatro cateteres. A proporção de sucesso da punção venosa em uma tentativa foi de 49,3%, duas tentativas 27,7% e três tentativas 12,8 %. A veia safena magna foi a mais utilizada (70,9%) para as inserções. O tempo médio de permanência do cateter foi de 19,8 dias com um mínimo de um dia e o máximo de 65 dias. As principais complicações observadas foram colonização do cateter(17,3%), quebra do conector e deslocamento(17,7%) (obstrução (6,8%), edema/infiltração (10,1%) ; Os principais preditores de complicações foram: idade gestacional e indicação do cateter pela necessidade de politerapia; O principal motivo da retirada do PICC foi término do tratamento em 47(31,8%), complicações em 75(50,6%) ou devido a morte do paciente em 26(17,6%). Conclusões: O número de cateteres insertados funcionou como indicador de experiência. Quando se excluiu das complicações a quebra mecânica do cateter, não relacionado aos cuidados, a probabilidade de complicação mostrou-se 1,64 vez mais provável antes da habilitação do que após a mesma. A idade à inserção, ou idade cronológica, mudou significantemente do primeiro (2004-5) para o segundo período de estudo (2006-7): 13,2 para 4,8 dias, respectivamente. A diferença de 8,4 dias na indicação do cateter pelos médicos neonatologistas provavelmente se deveu a maior segurança com o procedimento e a competência dos enfermeiros envolvidos com a passagem do cateter