A CADA UM MINUTO, QUATRO COISAS VENDEM: UMA CONSTRUÇÃO EM QUESTÃO NO PORTUGUÊS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Jilvan Evangelista da lattes
Orientador(a): Araújo, Edivalda Alves lattes
Banca de defesa: Araújo, Edivalda Alves, Araújo, Rerisson Cavalcante, Lacerda, Mariana Fagundes de Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35911
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo descrever as construções do tipo: (i) “A cada um minuto, quatro coisas vendem”; (ii) Essa caneta escreve bem; (iii) Esse vestido abotoa. Ao analisar os exemplos citados, percebe-se que há uma semelhança com as construções passivas, devido a alguns traços presentes nas médias, que descrevem objetos estáticos elevados à posição de sujeito; e passivas, como o fato de ambas apagarem o Argumento Externo – AE, uma característica em destaque nas passivas. Além disso, esses exemplos também aproximam-se da construção ergativa, as quais descrevem eventos, visto que partilham traços com as construções intransitivas das línguas do sistema ergativo-absolutivo. Entretanto, na literatura, para Kemmer (1993), Inês Duarte (2003) e Cambrussi (2007), os exemplos de (i) a (iii) são comumente chamados de construção média, enquanto, para Givón (2001) e Keenan e Dryer (2006), são classificados como ergativas. Diante desses diferentes posicionamentos, é necessário averiguar as características dessas construções para distingui-la das demais – passiva e ergativa. A maior semelhança está centrada entre a média e a ergativa, diferenciando-se apenas semanticamente. Foi verificado que não há diferença sintática entre as médias e ergativas, ou seja, não há como tomar um posicionamento para os exemplos nessa perspectiva, visto que apenas a exigência de modificador adverbial para as médias não se sustenta. Semanticamente, observamos que o aspecto temporal e o aspecto lexical as diferenciam, já que apenas o tempo presente licencia as construções médias, além do caráter genérico conferido apenas às médias.