Hidrogeoquímica das Águas Subterrâneas do Município de Capim Grosso, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rios, Dioga Argolo de Cerqueira
Orientador(a): Cruz, Manoel Jerônimo Moreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21556
Resumo: O município de Capim Grosso possui clima semiárido e escassa drenagem superficial, portanto a água subterrânea torna-se uma opção importante para o suprimento da deficiência hídrica local. Este trabalho objetiva caracterizar a hidroquímica das águas subterrâneas de Capim Grosso; identificar os principais constituintes químicos presentes e aferir se esses estão adequados para a potabilidade e para a agricultura. Para alcançar esse objetivo, foram coletadas amostras de água retiradas de poços tubulares distribuídos no município e, com o uso da sonda multiparâmetro, foram medidos in situ os parâmetros físico-químicos: pH, EH, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos, temperatura, turbidez, oxigênio dissolvido e, em laboratório, foram determinados os íons: HCO3-, SO42-, NO3-, F-, PO43-, Cl-, Mg2+, Na+, Ca2+, K+, Ba2+, Pb2+, Zn2+, Fe2+, Mn2+, Al3+, Cu+, utilizando-se de técnicas fluorimétricos, titrimétricos e espectrofométricos para executar as análises, posteriormente foi calculado a dureza da água. Para a espacialização dos resultados hidroquímicos foram confeccionados mapas de pontos através do software Arc Gis 10, utilizando o método de percentil. Para a classificação do tipo de água, foi utilizado o diagrama triangular de Piper; no diagnóstico da água para irrigação, foi usado o diagrama SAR (Razão de Adsorção de Sódio); e a avaliação desse recurso para o consumo humano, foi feito com base na Portaria 2914/11 do Ministério da Saúde. Os resultados das amostras indicam que as águas subterrâneas deste município são classificadas, de maneira geral, como cloretadas magnesianas e cálcicas, são altamente salinizadas, com elevada dureza e excepcionalmente alto risco de salinização dos solos. Em relação à qualidade da água para a potabilidade, apenas o ferro, zinco, cobre e o fluoreto não apresentaram impedimento para o abastecimento doméstico, todos os demais elementos excederam os limites estabelecidos pela legislação brasileira, portanto são considerados impróprios para o consumo humano. Diante de todos os resultados obtidos é perceptível que do ponto de vista qualitativo, as águas subterrâneas de Capim Grosso não possuem adequadas características hidroquímicas, restringindo o seu uso para a agricultura e, principalmente, para o consumo humano.