Hidrogeoquímica e Isótopos Estáveis das Águas Subterrâneas do Aquífero Bambuí (Bahia, Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Carvalho, Júlio Vieira
Orientador(a): Nascimento, Sérgio Augusto de Morais
Banca de defesa: Nascimento, Sérgio Augusto de Morais, Santos, Cristovaldo Bispo dos, Negrão, Francisco Inácio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28608
Resumo: RESUMO - Este trabalho tem como objetivo compreender a composição hidrogeoquímica e isotópica estável das águas subterrâneas do aquífero Bambuí, localizado na região sudoeste da Bahia, dando ênfase na classificação geoquímica, processos de salinização, qualidade e dinâmica de recarga. Estas águas subterrâneas vêm sendo cada dia mais utilizadas no abastecimento humano, muito em função da crescente escassez das águas superficiais, resultante de grandes períodos de estiagem anuais. O entendimento sobre a composição química, físico-química e isotópica das águas subterrâneas colabora para uma melhor gestão desse importante bem natural. Para efetuar essa pesquisa, foram coletadas 15 amostras de águas subterrâneas, para análises químicas, físico-químicas e isotópicas, em poços tubulares contidos em rochas carbonáticas e pelito-carbonaticas do Grupo Bambuí de idade neoproterozóica. Os resultados analíticos demonstraram a classificação hidrogeoquímica quanto à presença de íons maiores dissolvidos nas águas, estando a maior parte das amostras classificadas como bicarbonatadas cálcicas, típica de aquíferos cársticos. Para o entendimento do processo de salinização foi realizada análises estatísticas, revelando que o sulfato, cloreto e alcalinidade são os parâmetros que mais influenciam na condutividade elétrica. A qualidade dessas águas foi definida a partir dos padrões de potabilidade, indicados pela Organização Mundial da Saúde (WHO) (2003) e pela Resolução n° 396/2008 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), o qual demonstra que a maioria das águas são impróprias para consumo humano, devido a elevada dureza das águas cársticas, e principalmente pelas altas concentrações de nitrato em quase metade das águas coletadas. Para determinar a assinatura isotópica, foram utilizados os isótopos estáveis deutério e oxigênio 18 (δ2D/ δ18O). O resultado das análises revelou que todas as águas possuem valores negativos, sugerindo que a dinâmica de recarga das águas subterrâneas seja feita por infiltração rápida no sistema aquífero.