Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lima, Luana Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/10970
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Resumo: |
Os aquíferos costeiros de origem sedimentar do norte do estado do Rio de Janeiro constituem a porção emersa da Bacia de Campos, sendo os mais importantes mananciais de água subterrânea do estado. Em contrapartida a parte submersa da bacia detém relevante porção das reservas petrolíferas brasileiras. Estes aquíferos recebem, em altas profundidades rejeitos de águas de formação, passivo ambiental oriundo da indústria petrolífera, de elevadíssima salinidade e potencial contaminador. Dentro deste contexto a presente pesquisa tem como objetivo principal traçar um panorama da evolução hidrogeoquímica das águas subterrâneas dos aquíferos da porção emersa da Bacia de Campos utilizando dados secundários de trabalhos anteriores e dados produzidos para esta pesquisa. Em campanha ocorrida em outubro de 2017, foram selecionados 13 pontos de coleta de águas subterrâneas em poços que captam em profundidade os seguintes aquíferos: Fluvial /Quaternário Deltaico (QUA), aquífero Emborê membro São Tomé (EST), e aquífero Emborê Strictu Sensu (ESS). Em campo foram medidos os parâmetros físico-químicos (condutividade elétrica, pH, Eh, temperatura, sólidos totais dissolvidos, oxigênio dissolvido, e salinidade). Em laboratório foram efetuadas medidas de íons maiores, elementos traços e metais, δ18O, 226Ra, 228Ra, CO2 e CH4 nas amostras de água subterrânea. As metodologias e ferramentas de avaliação hidrogeoquímica empregadas foram: diagramas de Piper, Stiff e Schoeller; razões iônicas de rBr/rCl, rNa/rCl, rCl/rHCO3; modelagem hidrogeoquímica no programa PHREEQc, concentrações de isótopos de rádio(226Ra, 228Ra) , avalição de gases do efeito estufa (CH4 e CO2) e aplicação do Índice de Qualidade de Água Subterrânea para consumo humano (IQASCH). Os resultados indicam que existe evolução da facie hidroquímica das águas, onde os aquíferos ESS e EST têm características que predominam a facie bicabornatada comum nas águas doces com provável evolução da facie mista pelo incremento do cloreto que pode ser associado à intrusão marinha. O isótopo de oxigênio foi forte indicador de que as águas dos aquíferos (ESS e EST) possuem tempo de residência elevado, e com uma fonte de recarga distante. Os isótopos de rádio apresentam concentrações médias elevadas (226Ra: 1,83 Bq/l e 228Ra : 3.04 Bq/l) para o padrão de águas subterrâneas naturais encontrado na literatura e sugerem que os aquíferos estudados recebem fonte de águas diferenciais. Altas concentrações de CH4 (valor máximo: 2527,31 μg/l) associadas a poços profundos indicam a possibilidade de exsudação de águas profundas por falhas ligadas à evolução geotectônica da bacia. Á água subterrânea de acordo com o IQAch aplicado foi majoritariamente classificada por este índice como Imprópria, principalmente por conta presença do parâmetros tóxicos acima do valor seguro para consumo humano. Os parâmetros que determinaram tal resultado foram o Fe, Pb e Fl- encontrado acima do VMP para consumo humano na maioria dos poços analisados. Conclui-se que as águas subterrâneas da área de estudo sofreram impacto ao longo do tempo apresentando mudanças nas suas principais características hidrogeoquímicas além de apresentar sua qualidade comprometida para o consumo humano |