Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Elder Resende de Santana |
Orientador(a): |
Cruz, Manoel Jerônimo Moreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
|
Programa de Pós-Graduação: |
Geologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21974
|
Resumo: |
A Ilha de Itaparica é a maior das ilhas da Baía de Todos os Santos – Bahia, Brasil, com coordenadas delimitadas de 38º41´10´´W e 12º53´00´´S na ponta ao norte da vila de Itaparica e de 13º07´30´´ e 38º46´50´´W na ponta ao sul de Cacha Pregos, altitude média de 2 m, precipitação média anual de 1800mm e balanço hídrico positivo. A ilha esta dividida em dois municípios: Itaparica e Vera Cruz, que juntos possuem uma área total de 246 km2 e 55.000 habitantes (IBGE, 2001). O clima da região é tido como tropical úmido com verão quente e chuvas predominantemente no inverno e outono; a temperatura varia entre 200C e 340C com média de 270C (SEI, 1997). A sede e os distritos são abastecidos por rede de água potável, tratada, mas em época que a demanda é alta e na falta, a população ainda utiliza uma série de fontes, cacimbas e poços para o seu abastecimento. A área de estudo esta inserida regionalmente na bacia sedimentar do Recôncavo, e compreende pequenas porções da formação Barreiras, formação Marizal, extensas áreas da formação Itaparica e do grupo Ilhas de idade cretácea, composto por intercalações de arenitos e folhelhos, e ainda depósitos de sedimentos inconsolidados do quaternário. Foram coletadas 49 amostras de água subterrânea divididas em três campanhas: para análises físico-química, isotópica e bacteriológica. Utilização de programas estatísticos para tratamento das informações, como SPSS 9.0, softwares de geoprocessamento como o ARCGIS, o ARCVIEW e o QUALIGRAF para obtenção da classificação das águas e outros cálculos. O pH variou de 4,4 até 8,1; 50% das amostras têm concentração de nitrato acima do permitido pela legislação, devido à contaminação por fossas sépticas; o conteúdo de sódio está abaixo do permitido pela legislação (<200 mg/L) com média de 23,5 mg/L com exceção de um ponto com 242 mg/L devido a proximidade do mangue local; o cloreto apresenta em 3 dos pontos amostrados valores acima do permitido (>250 mg/L), Ponta Grossa com 275 mg/L, Misericórdia com 503 mg/L e Manguinho com 907 mg/L; Nove (18%) das amostras apresentaram conteúdo de ferro acima do permitido (<0,3 mg/L) com valores máximos de 1,5 mg/L; 95,9% são águas doces e 4,1% salobras; com relação a dureza: 53,07%, branda; 28,57% pouco dura; 8,16%, dura e 10,20% muito dura; segundo o diagrama de Piper: Águas mistas (8%), bicarbonatadas cálcicas, (37%), bicarbonatadas, sódicas (43%) e cloretadas sódicas (12%). A interpretação das análises isotópicas do deutério não demonstrou variação significativa e correlacionável com os aqüíferos locais. Por outro lado, análise do 18O demonstrou que no interior da ilha o mesmo assumia valores mais negativos correlacionando-se com a altimetria e na linha da costa com tendência em assumir valores menos negativos. A análise microbiológica revelou um grande número de bactérias: coliformes totais e fecais em todas amostras pesquisadas. Com base nas análises dos resultados podemos inferir que as águas coletadas não pertencem a um só aqüífero. No que se diz respeito a sua potabilidade as analises físico-químicas e microbiológicas revelaram que as águas são impróprias para o consumo humano. Não foi observada uma contaminação de origem salina significativa. A análise isotópica demonstrou que são águas continentais com tempo de residência curto e sujeitas a evapotranspiração elevada. E, segundo a resolução do CONAMA nº 396/2008 as águas subterrâneas da ilha de Itaparica se encontram na classificação tipo 3. |