Sertão de pedra e fogo: A poética seca na construção da dramaturgia de João Denys

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: RÊGO, Rafael Almeida Pereira
Orientador(a): LEÃO, Raimundo Matos de
Banca de defesa: SANT'ANNA, Catarina, LOPES, Cássia Dolores Costa, OLIVEIRA JÚNIOR, Celso de Araújo, SIQUEIRA, Elton Bruno Soares de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32731
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo a análise de dois textos dramáticos de Denys Araújo Leite pertencentes à Trilogia do Seridó, A Pedra do Navio (1979) e Deus Danado (1993). Observa-se como, mesmo referenciando-se em obras ligadas à “estética da seca”, amplamente desenvolvida a partir do Manifesto Regionalista de Gilberto Freyre, em 1926, os referidos textos dramáticos não obedecem estritamente aos projetos estéticos-políticos contidos em obras antecessoras que versam sobre o mesmo tema. Imbuído de uma memória e de um imaginário sertanejo João Denys cria os seus dramas secos repletos de significações e imagens ligadas ao seu lugar de origem. Analisa-se como o dramaturgo constrói sua obra dramatúrgica por meio de procedimentos de intertextualidade e defende-se a tese de que o mesmo cria uma poética seca com suas peças, uma poética particular que deseja ultrapassar a significação restrita de uma região do território brasileiro e de seu homem e que está inspirada na pesquisa formal de autores como João Cabral de Melo Neto e Samuel Beckett. Interpretam-se ainda, as imagens suscitada dos “dramas secos” ligadas aos elementos pedra e fogo com sustentação nos escritos do filósofo francês Gaston Bachelard, como possibilidades de desvelamento do imaginário do dramaturgo.