Caracterização do potencial de bioativos presentes na casca e semente do bacupari (Garcinia brasiliensis)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinto, Rayssa Oliveira Cantisani
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8679583698026571
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10007
Resumo: A Região Amazônica exibe uma variedade de espécies de frutos excêntricos, ainda pouco conhecidas, os quais apresentam compostos bioativos que podem ser utilizados em benefício à sociedade. O bacupari (Garcinia brasiliensis) é um fruto nativo da Região Amazônica e se desenvolve ao longo do território nacional e também em países sul-americanos. O fruto faz parte do hábito alimentar, principalmente da população nortista, em seu tempo de sazonalidade, o que evidencia o fato de não haver dados de produção disponível. Diante da escassez da aplicação deste fruto em alimentos, bem como informações científicas, objetivou-se realizar a caracterização físico-química e atividade antioxidante das farinhas e extratos obtidos a partir de subprodutos (casca e semente) do fruto. Para tanto, foram realizados os métodos de capacidade de redução de Folin-Ciocalteau e do radical DPPH para a determinação da atividade antioxidante, compostos fenólicos e polifenois. Para as análises físico-químicas realizou-se a composição proximal, identificação de minerais por FRX, açúcares totais e redutores e compostos voláteis a partir de CG/MS das farinhas da casca e semente do fruto. Os ensaios de citotoxicidade frente às linhagens cancerígenas foram realizados a partir do método de AlamarBlue. Os resultados demonstraram boa atividade antioxidante dos extratos obtidos por diferentes solventes de extração, principalmente para etanol, hexano e metanol no subproduto semente, variando entre 93,710,17% a 90,720,6%. Além disso, características físico-químicas das farinhas se mostraram promissoras quanto a presença de minerais importantes na dieta humana (Ca e K), açúcares totais (casca - 18,890,27 mg.g-1 e semente - 8,381,0 mg.g-1) e significativa porcentagem de lipídeos, proteínas e carboidratos. Através do estudo de compostos voláteis por CG-MS foi possível identificar 45 substâncias pertencentes às classes dos álcoois, ácidos carboxílicos, terpenos e cetonas, e classifica-las quanto ao odor. Quanto aos ensaios de citotoxicidade, os extratos que apresentaram melhores potenciais anticancerígenos foram os etanólico, hexanólico e metanólico de semente, com IC50 entre 14,70,31 e 15,170,81 (g/mL) em determinadas linhagens. Dessa maneira, é possível inferir que casca e semente apresentam potencialidade na indústria farmacêutica e alimentícia para obtenção de novos produtos. Assim como o uso dos extratos do fruto devem ser submetidos a maiores investigações acerca da atividade antioxidante in vivo e mecanismos relacionados a verificação de sua possível utilidade como fonte de princípios ativos a serem aplicados na prevenção e tratamento de doenças cuja pato-fisiologia relaciona-se ao estresse oxidativo