Solamento e screening de fungos produtores de enzimas hidrolíticas de bacupari (Garcinia Gardneriana) em fermentação espontânea
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Tocantins
Palmas |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos - PPGCTA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11612/5479 |
Resumo: | Ainda hoje existem poucos estudos analisando a biodiversidade microbiana da Amazônia. Os frutos amazônicos podem apresentar-se como habitats primários e fonte de energia no ciclo de vida de muitos fungos, e estes microrganismos são reconhecidamente potenciais fontes de enzimas hidrolíticas. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a microbiota fúngica autóctone, bem como isolar e selecionar fungos filamentosos e leveduras do fruto amazônico bacupari (Garcinia gardneriana) em fermentação espontânea, de acordo com seu potencial de produção das enzimas pectinase, invertase e lipase. Os frutos de bacupari integrais (casca, polpa e semente) foram macerados em sacos plásticos esterilizados e deixados para fermentar durante 15 dias a 30 ºC. Amostras para o acompanhamento das alterações físico-químicas e as análises microbiológicas foram coletadas nos dias 0, 3, 6, 9, 12 e 15 de fermentação. A acidez titulável do fruto in natura era de 1,24 (g/100g ácido cítrico), durante a fermentação a acidez titulável diminuiu, de 1,3 no tempo 3 para 0,5 g de ácido lático/100 g do fruto no tempo 15, o pH oscilou ligeiramente, atingindo 6,61 no dia 15, próximo ao encontrado no início da fermentação. A umidade, os teores de fibra bruta e de cinzas, apresentaram ligeira redução, enquanto os lipídeos e proteínas aumentaram durante o processo fermentativo do fruto. Os açúcares redutores totais foram parcialmente consumidos (72,7% ou 1,7g/100g), o que era esperado devido ao seu consumo pelos microrganismos. Na identificação da comunidade fúngica obteve-se um total de 59.988 de sequências e 19 espécies fúngicas diferentes, sendo o tempo 6 com a maior abundância. A população de fungos variou de 5,30x105 UFC/g a 8,41x105 UFC/g, durante a fermentação espontânea do bacupari, sendo 106 leveduras e 22 fungos filamentosos isolados. As colônias de leveduras apresentaram-se majoritariamente circulares, brancas, com margens inteiras, opacas e planas. As células leveduriformes eram predominantemente ovoidais. Os fungos filamentosos apresentaram-se comumente de forma hifosa, margem filamentosa, cor roxa, sem elevação. Na seleção de linhagens em placas, 106 isolados (100%) produziram invertase, 23 isolados (21,69%) secretaram lipase e nenhum produziu pectinase. Em avaliação quantitativa 4 fungos filamentosos demonstraram potencial de produção das enzimas hidrolíticas, sendo o BCF 5.5, o melhor produtor de invertase (1,0 U/mL) e o BCF 23.2, se destacou na produção de lipase (0,05 U/mL). Dentre as leveduras, os isolados BCL 5.1 e BCL 18.3 produziram 0,8 U/mL de invertase e a BCL 29.4 produziu 0,07 U/mL de lipases. |