Pós-colheita de abiu, bacupari e camu-camu, nativos da Região Amazônica, cultivados no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pinto, Patricia Maria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-03052013-170158/
Resumo: No Brasil, existem diversas espécies frutíferas nativas com potencial de exploração comercial, especialmente na região da Amazônia, local de origem do abiu (Pouteria caimito), bacupari (Rheedia gardneriana) e camu-camu (Myrciaria dubia). Desta forma, o objetivo deste trabalho foi estudar a fisiologia e a conservação pós-colheita destes frutos, bem como o comportamento dos mesmos quando submetidos à técnicas de conservação. O projeto foi dividido em três etapas. A primeira etapa visou determinar a influência do estádio de maturação na qualidade e fisiologia pós-colheita dos frutos estudados. Na segunda etapa foram determinados os efeitos do 1-Metilciclopropeno (1-MCP) e do etileno (C2H4) na fisiologia e na conservação pós-colheita dos mesmos. A terceira etapa teve o objetivo de verificar a influência da temperatura de armazenamento na sua qualidade. Os frutos foram analisados quanto à incidência de podridões, atividade respiratória, produção de etileno e características físicas e químicas. Além de terem sido determinados os teores de clorofila, carotenóides totais e antocianinas totais. Verificou-se que os abius enquadram-se na classificação de frutos climatéricos, sendo que os mesmos devem ser colhidos no estádio de maturação 2, caracterizado pela cor da casca verde-amarela. Já nos bacuparis foi constatado padrão não-climatérico, sendo necessário colhê-los quando maduros, ou seja, com a casca na coloração laranja (estádio 3). Os camu-camus foram considerados frutos climatéricos e devem ser colhidos quando os frutos alcançarem o estádio de maturação 3, ou seja, com a casca na coloração vermelho-esverdeada. Em relação à aplicação do 1-MCP, este regulador influenciou a qualidade e fisiologia dos abius e camu-camus, aumentando a vida de prateleira dos frutos, como consequência da capacidade do 1-MCP em inibir a ação do etileno nos tecidos e retardar o amadurecimento. Já nos bacuparis, o 1-MCP apenas reduziu a incidência de podridões nos frutos. A temperatura de armazenamento influenciou a conservação de todos os frutos, sendo que, para os abius e bacuparis, recomenda-se o armazenamento a 10°C, enquanto que, para os camu-camus, a temperatura ideal é a de 5°C.