Povos indígenas e universidade: pedagogias decoloniais e o diálogo intercientífico na formação docente nas Amazônias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Rita Floramar Fernandes dos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0464435324183438, https://orcid.org/0000-0002-9869-7090
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9760
Resumo: Esta pesquisa de doutorado, problematiza os princípios das pedagogias decoloniais e do diálogo intercientífico como pressupostos epistemológicos, formativos e afirmativos na formação docente com os povos indígenas na Universidade Pública. Seu principal objetivo assenta-se em compreender como se construiu (vem se construindo) na práxis universitária do Curso Formação de Professores Indígenas (FPI), saberes-fazeres pedagógicos mediados pelo diálogo intercientífico e decolonialidade, tendo como referência as turmas de discentes indígenas do Alto Rio Negro e Médio Solimões da Faculdade de Educação – FACED da Universidade Federal do Amazonas -UFAM. É, pois, uma pesquisa alicerçada em uma abordagem qualitativa, tomando como base a pesquisa decolonial para entrecruzar discussões político-epistêmicas, saberes e pensamentos latino-americanos. Adentramos assim, na abordagem analética esboçada pela alteridade - para que melhor se pudesse utilizar dos significantes decoloniais, porque por sua insurgência, procura posicionar o(s) outro(s), como Outro(s). Portanto, os Outros a que nos referimos são indígenas que estão dentro das universidades como discentes, sem desconsiderálos em relação ao contexto social, político, econômico e cultural. Frente a isso, problematizamos a formação docente universitária nas Amazônias. Os resultados desta pesquisa trazem o que chamamos de epistemes indígenas à partir dos TCCs das referidas turmas como vozes polifônicas reverberando os indicativos decoloniais: pertencimento étnico; história de contato; Movimento Indígena; histórias de vida e resistência; educação/escola indígena intercultural; desafio profissional contra-hegemônico; territorialidade; cosmologias e cosmovisões indígenas; diversidade epistêmica; relações de poder; questão linguística e o Bem viver. Problematizamos também, os desafios e as potencialidades da práxis (de)colonial e intercientífica no Curso Formação de Professores Indígenas. Por fim, apontamos que a universidade, em específico a UFAM, precisa dar mais atenção ao seu aspecto institucional – da gestão à formação. Pensar sobre a práxis de pedagogias decolonias e o diálogo intercientífico. Valorizar formadores universitários amazônicos e ponderar sobre o saber universitário contra o racismo epistêmico.