Povos indígenas e universidade: pedagogias decoloniais e o diálogo intercientífico na formação docente nas Amazônias
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9760 |
Resumo: | Esta pesquisa de doutorado, problematiza os princípios das pedagogias decoloniais e do diálogo intercientífico como pressupostos epistemológicos, formativos e afirmativos na formação docente com os povos indígenas na Universidade Pública. Seu principal objetivo assenta-se em compreender como se construiu (vem se construindo) na práxis universitária do Curso Formação de Professores Indígenas (FPI), saberes-fazeres pedagógicos mediados pelo diálogo intercientífico e decolonialidade, tendo como referência as turmas de discentes indígenas do Alto Rio Negro e Médio Solimões da Faculdade de Educação – FACED da Universidade Federal do Amazonas -UFAM. É, pois, uma pesquisa alicerçada em uma abordagem qualitativa, tomando como base a pesquisa decolonial para entrecruzar discussões político-epistêmicas, saberes e pensamentos latino-americanos. Adentramos assim, na abordagem analética esboçada pela alteridade - para que melhor se pudesse utilizar dos significantes decoloniais, porque por sua insurgência, procura posicionar o(s) outro(s), como Outro(s). Portanto, os Outros a que nos referimos são indígenas que estão dentro das universidades como discentes, sem desconsiderálos em relação ao contexto social, político, econômico e cultural. Frente a isso, problematizamos a formação docente universitária nas Amazônias. Os resultados desta pesquisa trazem o que chamamos de epistemes indígenas à partir dos TCCs das referidas turmas como vozes polifônicas reverberando os indicativos decoloniais: pertencimento étnico; história de contato; Movimento Indígena; histórias de vida e resistência; educação/escola indígena intercultural; desafio profissional contra-hegemônico; territorialidade; cosmologias e cosmovisões indígenas; diversidade epistêmica; relações de poder; questão linguística e o Bem viver. Problematizamos também, os desafios e as potencialidades da práxis (de)colonial e intercientífica no Curso Formação de Professores Indígenas. Por fim, apontamos que a universidade, em específico a UFAM, precisa dar mais atenção ao seu aspecto institucional – da gestão à formação. Pensar sobre a práxis de pedagogias decolonias e o diálogo intercientífico. Valorizar formadores universitários amazônicos e ponderar sobre o saber universitário contra o racismo epistêmico. |