Os napëpë e o universo dos povos indígenas na Amazônia: a narrativa de um percurso indigenista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cavuscens, Silvio
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/6259671953566590
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8145
Resumo: A questão indígena tem diversas facetas no Universo Amazônico, inferir sobre esse micro mundo demanda sofrimentos, lutas, angústias, sonhos e ao mesmo tempo a descoberta fascinante do mundo do outro. Este estudo constitui-se numa reflexão pessoal e ao mesmo tempo descritiva junto aos povos Yagua, Ticuna e Yanomami. Aborda a difícil realidade decorrente das relações interétnicas Yanomami do Amazonas no contato com a sociedade nacional. Tem como objetivo geral descrever os diversos aspectos socioculturais da saúde dos napëpë da região norte do Brasil. O enfoque principal é o campo da saúde indígena. Inicia-se a partir da trajetória do mestrando, focando as principais experiências que o levaram a voltar suas atividades profissionais no ao indigenismo. Em seguida, traça-se uma análise da política indigenista a fim de situar a realidade dos povos indígenas amazônicos e, em particular, do povo Yanomami aprofundando o modo com o qual o indigenismo contemporâneo assume a questão do direito a partir do advento da Constituição Federal de 1988. A abordagem do trabalho da Associação Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami - Secoya permitirá compreender o processo de implementação da política de saúde indígena a partir da Lei Arouca, que deu origem ao subsistema de saúde indígena com criação de 34 distritos sanitários especiais indígenas-DSEI´s, entre os quais o Distrito Sanitário Especial Yanomami e Ye´kuana (DSEI-Y).Analisa os problemas decorrentes das relações, bem como o impacto do modo de saúde dos napë sobre a saúde tradicional Yanomami, principalmente o xamanismo. O trabalho aborda ainda os trabalhos desenvolvidos pela Secoya, nos campos da educação escolar diferenciada, da educação em saúde e do protagonismo Yanomami a partir da capacitação de multiplicadores interculturais Yanomami. Essa abordagem permite revelar os princípios indigenistas estabelecidos e defendidos pela Secoya a partir da escuta e do trabalho orientado para a governança Yanomami. As reflexões conclusivas buscam oferecer algumas pistas no que tange às políticas públicas e a relação do Estado brasileiro com os povos indígenas.