A atividade pedagógica do professor e o espaço de apropriação da linguagem escrita pela criança pré-escolar: um estudo a partir da abordagem histórico-cultural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Moraes, Aline Janell de Andrade Barroso
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5776406513029261
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4867
Resumo: Compreender que a apropriação da linguagem escrita implica a superação de práticas pedagógicas que privilegiam a memorização e a repetição de letras e sílabas se mostra como um conhecimento essencial para que os professores promovam a aproximação entre as crianças e a cultura escrita na pré-escola. A Teoria Histórico-Cultural preconiza que a escrita é um instrumento cultural complexo, para cuja apropriação são necessárias atividades com significado e sentido, nas quais o uso da escrita pelas e com as crianças aconteça segundo a finalidade para a qual esta linguagem foi criada. À Educação Infantil cabe formar as bases para a apropriação da escrita. Não é sua prerrogativa alfabetizar. Com o objetivo de refletir sobre o lugar ocupado pelo professor e suas práticas pedagógicas no processo de apropriação da linguagem escrita pela criança pré-escolar, a partir dos pressupostos da abordagem histórico-cultural, desenvolvemos uma investigação que teve como sujeitos quatro professoras de crianças de cinco anos de um Centro Municipal de Educação Infantil, em Manaus. Como procedimentos metodológicos realizamos: entrevista coletiva com as professoras sujeito; observação de uma das turmas, para a qual foram utilizados os registros em caderno de campo, fotografias e filmagens; sessões de autoscopia com a professora da turma observada. Os dados gerados permitiram perceber que as concepções acerca da escrita subjacentes às atividades propostas às crianças pelas professoras ainda não incorporaram a compreensão de que esta linguagem se desenvolve a partir de práticas que enriqueçam as experiências com a cultura e as possibilidades de expressão da criança pelo desenho, pelo brincar, por atividades produtivas, além do contato com a cultura que envolve o escrever e que se concretiza em diferentes gêneros discursivos. Foi possível notar que as formas específicas de aprender das crianças pequenas não são, pois, consideradas ao planejar os fazeres na escola e que esse é um aspecto essencial a ser contemplado na formação inicial e continuada de professores, objeto privilegiados das investigações da Linha de Pesquisa Formação e práxis do(a) educador(a) frente aos desafios amazônicos, à qual esta investigação se vincula. A pesquisa demonstrou que prover tempos e espaços de reflexão teórica acerca da prática pedagógica promove a ampliação das reflexões dos professores sobre seu fazer e possibilita mudanças ainda que iniciais nas propostas de escrita feitas às crianças.