Desenvolvimento de bioprodutos a partir de fibras de frutos de Euterpe precatoria, Paullinia cupana, Astrocaryum aculeatum e polipropileno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Dorian Lesca de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1334429929720379
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Química
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
.
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10151
Resumo: Resíduos agroindustriais de açaí (Euterpe precatoria), tucumã (Astrocaryum aculeatum) e guaraná (Paullinia cupana var. sorbilis (Mart.) Ducke, sinônimo Paullinia cupana) são descartados, na maioria das vezes, de forma inadequada contribuindo para a poluição do ambiente. A fim de apresentar uma solução para esse problema desenvolveram-se bioprodutos (biocompósitos) com resíduos fibrosos de açaí, guaraná, tucumã e polipropileno (PP). Dessa forma, foram produzidas diferentes combinações de bioprodutos por injeção plástica, em uma empresa do Polo Industrial de Manaus. As características físico-químicas, morfológicas e térmicas dos bioprodutos foram determinadas por espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier - reflectância total atenuada (FTIR-ATR), microscopia eletrônica de varredura (MEV), análise termogravimétrica (TGA), calorimetria exploratória diferencial (DSC) e propriedades mecânicas: tração e flexão. Os resultados mostram que nos bioprodutos não há formação de novas fases cristalinas durante a injeção plástica. As análises termogravimétricas indicam que o início da decomposição do PP ocorre em aproximadamente 397 oC e finaliza a 475 oC, enquanto nos bioprodutos ocorre a 300 oC, e finaliza em cerca de 475 oC. As transformações térmicas para o PP ocorrem a 437,3 oC e para os bioprodutos de 167,8 oC a 464,0 oC. Os testes mecânicos de tração mostram que a ruptura dos bioprodutos ocorrem com a formação de microvazios típicos de conglomerados com fases distintas. Além disso, os bioprodutos produzidos apresentam resistência à tração inferior ao PP. Mas o mesmo não pode ser afirmado para a flexão, cujos bioprodutos possuem praticamente a mesma flexão que o PP. Apesar dos resultados obtidos nos testes mecânicos, os bioprodutos ainda pode ser considerados materiais aplicáveis em produtos plásticos menos exigentes em termos de tração e flexão. Essa afirmação se baseia na redução em cerca de 10 % de PP, além de introduzir matéria-prima sustentável na composição das matrizes poliméricas usadas na indústria de injeção plástica.