Caracterização físico-química e desenvolvimento de métodos analíticos para a manteiga de tucumã (Astrocaryum aculeatum)
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6970 |
Resumo: | O tucumã do Amazonas (Astrocaryum aculeatum) é uma óleoaginosa típica da região e sua manteiga da amêndoa apresenta grande potencial para a indústria farmacêutica, comportandose como um excelente hidratante, creme anti-rugas, shampoo, condicionador e óleos corporais. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar físico-quimicamente a manteiga da amêndoa de tucumã e propor métodos analíticos para doseamento desta matéria prima. O tucumã foi adquirido nas feiras livres no município de Itacoatiara, região metropolitana de Manaus – AM nos meses de maio de 2016 e 2017, processado no laboratório de farmácia do ICET/UFAM. A extração da manteiga da amêndoa foi relizada pelo método Soxhlet, com a caracterização físico-quimica pelos testes de densidade de massa e relativa, índices de refração, acidez, saponificação, peróxido, umidade, faixa de fusão, viscosidade e espectrofotometria de absorção na região do IV, doseamento de ácidos graxos, estudos de análise térmica e fotoestabilidade, potencial antioxidante, carotenoides totais e avaliação da atividade antimicrobiana. Os resultados apresentaram uma manteiga com coloração levemente amarelada, de consistência sólida a temperatra ambiente, e densidade de massa de 0,9012 - Lote 1 e 0,9011 - Lote 2; densidade relativa de 0,9032- Lote 1 e 0,9030- Lote 2; índice de refração foi de 1,457 ± 0,0005 para os dois lotes; viscosidade de 64,71- Lote 1 e 33,05 - Lote 2; umidade de 0,55 ± 0,160 - Lote 1 e 0,88 ± 0,681 - Lote 2; faixa de fusão de 28ºC - 29ºC - Lote 1 e 29ºC - 30ºC- Lote 2; índice de acidez de 0,120 ± 0,016 NaOH/g - Lote 1 e 0,074 ± 0,016 NaOH/g - Lote 2; índice de saponificação de 195,47± 0,60 KOH/g - Lote 1 e 206,04±2,49 KOH/g - Lote 2 e índice de peróxido de 8,318± 0,226 mEq/kg- Lote 1 e 10,521± 0,156 mEq/kg - Lote 2. A manteiga apresentou média de 90% de ácidos graxos saturados e 7% de insaturados. O ácido láurico mostrou-se majoritário na manteiga, representando valor médio de 55,8% nos dois lotes. Apresentou-se termicamente estável até 259,17ºC com pico de fusão em 31,03 ºC. Os valores de carotenoides encontrados foi de 280,163ppm ± 7,95 para ambas os lotes. Espectroscopia de Infravermelho dos lotes apresentaram estiramentos em 2954, 2915 e 2849 cm-1 sugerindo a presença apenas de alcanos; duas bandas intensas (1736 e 1729 cm-1) e características na região de absorção da carbonila; um estiramento intenso referente a ligação C-O (1175 cm-1) sugerindo a ligação éster presente na estrutura geral de um triacilglicerol; uma banda de deformação angular de baixa intensidade dos grupos CH de alifáticos em 1471 cm-1 referentes a alcanos; uma deformação angular de CH2 em 717 cm-1 e bandas características dos óleos vegetais na região de impressão digital (1300 – 900cm-1). Após o teste de fotodegradação, os lotes apresentaram perda menor que 10% no teor de ácidos graxos e não apresentaram mudança no espectro de infravermelho, sugerindo que a manteiga é fotoestável. Conclui-se que a técnica empregada na extração da manteiga da amêndoa não alterou suas caracteristicas fisico-químicas, mantendo baixo índice de ácidez e sem degradação, com concentração de 90% de ácidos graxos saturados. A manteiga apresentou-se termicamente estável e com mais de 50% de atividade antioxidante, além de possuir ampla atividade antibacteriana. |