A relação pessoa-animal em comunidades amazônicas a partir de processos educativos para a conservação do Gavião-Real (Harpia harpyja) e do Tracajá (Podocnemis unifilis)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mateus, Wagner de Deus
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/7630997513003557
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6412
Resumo: A conservação da biodiversidade está inserida no Antropoceno como ação mitigadora ao processo de defaunação. O enfoque dado às espécies-bandeira da fauna silvestre local em perigo de extinção, surge como estratégia para subsidiar programas de conservação. Neste sentido, o objetivo do estudo foi analisar as relações pessoa-animal em comunidades amazônicas participantes de programas de conservação do gavião-real (Harpia harpyja) e tracajá (Podocnemis unifilis). Adotou-se como procedimento técnico o Estudo de Casos numa abordagem multimétodos, no qual as análises pautaram o manejo, conservação, antropologia, psicologia ambiental e Estudos Humano-Animal. Participaram do estudo moradores de comunidades inseridas no Programa de Conservação do Gavião-Real ou no Programa Pé-de-Pincha. O estudo demonstrou que as percepções da relação pessoa-animal são definidas pela proximidade entre as duas espécies animais e humanos, assim como a forma de participar nas ações de conservação. O gavião-real tem relação com mitos e crenças, o tracajá é considerado um animal do cotidiano. Na conservação do tracajá houve maior participação direta. A conservação do gavião-real deu-se de forma indireta. Com isso, a constituição da conservação das espécies relaciona-se como a identificação das funções e necessidade de conservá-la. As necessidades condizem as ações individuais, as funções denotam valores inerentes ao contexto sociocultural, ecossistêmico e ético. Neste sentido, os valores nutritivos sobrepõem os demais, pois, em última instância o objetivo é obtenção de alimento. Portanto, o conhecimento pode moldar o comportamento de determinada espécie da fauna silvestre, isso contribui para a coexistência com a mesma, de forma que a relação pessoa-animal desencadeie benefícios mútuos.