A relação pessoa-animal em comunidades amazônicas a partir de processos educativos para a conservação do Gavião-Real (Harpia harpyja) e do Tracajá (Podocnemis unifilis)
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6412 |
Resumo: | A conservação da biodiversidade está inserida no Antropoceno como ação mitigadora ao processo de defaunação. O enfoque dado às espécies-bandeira da fauna silvestre local em perigo de extinção, surge como estratégia para subsidiar programas de conservação. Neste sentido, o objetivo do estudo foi analisar as relações pessoa-animal em comunidades amazônicas participantes de programas de conservação do gavião-real (Harpia harpyja) e tracajá (Podocnemis unifilis). Adotou-se como procedimento técnico o Estudo de Casos numa abordagem multimétodos, no qual as análises pautaram o manejo, conservação, antropologia, psicologia ambiental e Estudos Humano-Animal. Participaram do estudo moradores de comunidades inseridas no Programa de Conservação do Gavião-Real ou no Programa Pé-de-Pincha. O estudo demonstrou que as percepções da relação pessoa-animal são definidas pela proximidade entre as duas espécies animais e humanos, assim como a forma de participar nas ações de conservação. O gavião-real tem relação com mitos e crenças, o tracajá é considerado um animal do cotidiano. Na conservação do tracajá houve maior participação direta. A conservação do gavião-real deu-se de forma indireta. Com isso, a constituição da conservação das espécies relaciona-se como a identificação das funções e necessidade de conservá-la. As necessidades condizem as ações individuais, as funções denotam valores inerentes ao contexto sociocultural, ecossistêmico e ético. Neste sentido, os valores nutritivos sobrepõem os demais, pois, em última instância o objetivo é obtenção de alimento. Portanto, o conhecimento pode moldar o comportamento de determinada espécie da fauna silvestre, isso contribui para a coexistência com a mesma, de forma que a relação pessoa-animal desencadeie benefícios mútuos. |