A condição do feminino: educação e moral em Agnes Grey, de Anne Brontë
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Letras Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10152 |
Resumo: | Anne Brontë morreu sendo uma jovem autora. Era a irmã mais jovem das “Irmãs Brontë”. Seu estilo de escrita diferencia-se dos de Charlotte e Emilly, pois Anne da forma como escreveu o romance, deixa nítida a vontade de ir em busca de uma identidade feminina em um contexto totalmente diferente do que se vivia no século XIX, na Inglaterra. Através da sua visão ampla para a condição da mulher, Anne traz uma leitura que se pode chamar de intimista, uma vez que devido a sua realidade, teria mais habilidade em lidar com a evolução social e moral da sociedade inglesa a retratar histórias de amor, como geralmente outros autores já faziam. A caçula das Brontë viveu uma curta e trágica vida, no sentido das privações materiais experimentadas, das humilhações profissionais sofridas e da irrealização amorosa amargada. Dona de uma sensibilidade aguçada, pertencia a uma camada social indefinida, pois embora não fosse rica, era a educada filha do pastor anglicano local, convivendo com moças igualmente educadas de famílias burguesas e mesmo nobres. Anne e as irmãs foram literalmente imprensadas entre duas classes: a burguesia ou nobreza (patrões) e a classe operária, representada ali pelos empregados domésticos comuns, que incorporando a ideologia patronal desprestigiavam e desdenhavam a governanta. Os episódios que ilustram essa situação são flagrados com maestria por Anne Brontë num relato sem exageros e destituído de autopiedade, quase como se o sofrimento não a atingisse. Sendo assim, apresento o romance Agnes Grey como centro desta pesquisa que assinalará como a mulher é representada no universo fictício. Agnes narra a vida de sua autora, Anne, e faz uma análise das demais personagens da obra, visto que a maioria eram mulheres e todas ficavam presas à esfera doméstica, com muitas limitações para tomar qualquer tipo de decisão. Para analisar a obra como suportes crítico e histórico também, menciono aqui algumas das obras: Literatura Vitoriana e Educação Moralizante, de Flávia Costa Morais, Miss Brontë, de Juliet Gael, Um teto todo seu, de Virgínia Hoolf, O riso da Medusa, de Hélène Cixous. |