"Stretching their shadows far away" : weaving Chekhov and the Brontës on the stage through Blake Morrison's We are three sisters

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Fritsch, Valter Henrique de Castro
Orientador(a): Maggio, Sandra Sirangelo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/140154
Resumo: A presente tese analisa a peça We Are Three Sisters - escrita em 2011 pelo poeta e dramaturgo britânico Philip Blake Morrison - com o objetivo de discutir as ligações entre as instâncias do ficcional, do real, do imagético e do biográfico. Morrison utiliza como pano de fundo para a elaboração de We Are Three Sisters o texto As Três Irmãs (1902) do dramaturgo russo Anton Chekhov. Morrison preenche sua peça com dados sobre a vida das irmãs Brontë, como retratados pela historiadora e biógrafa Juliet Barker em The Brontës: Wild Genius on the Moors (2010). Barker, que foi curadora da biblioteca da Brontë Society durante anos, confiou a Morrison os dados de sua pesquisa e o auxiliou a transportá-los para a peça que ele estava escrevendo. Considero importante examinar como se dá esse processo de esgarçamento das fronteiras entre o real e o ficcional através do conteúdo simbólico e imagético, porque ele reflete um tipo de prática cada vez mais utilizada por autores contemporâneos. O diálogo entre a Rússia de Chekhov da virada do século XIX/XX e o cenário (interiorano) do norte (industrial) da Inglaterra no período vitoriano, quando equacionados por Morrison no contexto dos dias de hoje, convidam-nos a traçar considerações que muito têm a nos dizer sobre os parâmetros da dramaturgia contemporânea. Além de serem três grandes autoras do cânone vitoriano, as irmãs Brontë surgem também como ícones culturais britânicos, tantas vezes já representadas como personagens em biografias ficcionais, romances, filmes, balés e peças de teatro. Para escrever sua apropriação da vida das Brontë, Morrison ampara-se na biografia de Juliet Barker, ao mesmo tempo em que utiliza a peça de Chekhov como um texto-sombra, uma matriz que serve como base para sua criação, um andaime em torno do qual constrói seu enredo. O movimento de entrelaçamento de realidade e ficção realizado por Morrison e a produção do conteúdo simbólico através da análise de imagens arquetípicas são o principal foco de interesse desta tese. Escolhi como metodologia de trabalho a aproximação entre os três textos, o de Morrison, o de Barker e o de Chekhov, através de ferramentas dos Estudos do Imaginário, representados pela análise de conteúdos imagéticos nos termos propostos por Gaston Bachelard, Gilbert Durand, Carl Gustav Jung e Castor Bartolomé Ruiz, uma vez que a tese aponta para possibilidades dialógicas entre imagem e palavra dentro dos paradigmas da cena teatral contemporânea.