Memória do Operariado Amazonense: a festa como constructo e expressão da subjetividade operária
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras BR UFAM Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3142 |
Resumo: | A tese intitulada Memória do Operariado Amazonense: a festa como constructo humano e expressão da subjetividade operária , trata de um estudo sobre os trabalhadores do Polo Industrial de Manaus que, em meio às tensões do regime no início dos anos oitenta e das agruras do controle fabril, soube organizar-se para constituir-se numa classe social, a classe operária. Buscamos compreendê-lo na trama de relações e dos antagonismos de classe que notabilizaram este período. Assumiu o propósito de resgatar os fragmentos e retalhos da vida e trabalho dos trabalhadores amazonenses, a expressão de suas subjetividades na manifestação da festa operária, ocorrida no interior das fábricas que compõem o Polo Industrial de Manaus, na década de oitenta do século XX e suas implicações no processo de transformação, transcendência e hominização dos trabalhadores congregados nos atos festivos. O estudo atende a uma perspectiva metodológica da história oral e a técnica utilizada constituiu-se na entrevista do tipo semi-estruturado aplicada junto a onze trabalhadores do Polo Industrial de Manaus. Realizamos uma análise sobre a reinvenção da subjetividade operária e a luta de classe; a reconstituição da ontologia do discurso operário no fazer-se classe, procurando revelar o lugar da memória dos trabalhadores amazonenses, buscando identificar os primeiros protagonistas da luta operária, os antagonismos e a construção do novo sindicalismo e das greves segundo a narrativa dos operários; a festa como expressão da luta operária, constitui-se como instrumento de visibilização da greve, expressão cultural, transgressão e carnavalização e, por último, a reinterpretação da festa como reinvenção do operariado, traduzindo os sentidos da festa para a organização sindical, alguns apontamentos sobre o trabalho nos anos 1990 e os novos rumos do sindicalismo no Brasil e no Amazonas. A realização desta pesquisa deveu-se à necessidade e, também, à preocupação de recuperar a memória do operariado amazonense cuja meta fundamenta-se na ideia de contribuir para com a produção dos estudos da memória histórica regional, apresentando subsídios à comunidade acadêmica no discutir de uma visão historiográfica dando vez, voz e lugar aos sujeitos históricos do seu tempo. |