A leitura no cenário escolar: como os professores a organizam, como os alunos a realizam

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Ivelize Fausto da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/0535473060473137
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3253
Resumo: Tomando como referência a sociedade atual e entendendo a leitura como resultante de um processo histórico e cultural, esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a leitura no ensino fundamental a partir da perspectiva dos seus polos de produção e de recepção e como objetivos específicos conhecer como o mundo da leitura no ensino fundamental é organizado e encenado pelos professores e compreender como os alunos se apropriam desse mundo da leitura. A pesquisa foi desenvolvida em 4 escolas públicas de Manaus das Zonas Norte e Leste da rede estadual e municipal de ensino. Participaram da pesquisa 48 sujeitos sendo 8 professores de Língua Portuguesa e 40 alunos do 8º e 9º ano do ensino fundamental e foram utilizados como instrumentos para coleta de dados a entrevista semiestruturada para os professores e o questionário para os alunos. Para fundamentar esta pesquisa, recorremos à teoria de Chartier (1990, 1994, 1996, 1998, 2001, 2002, 2007) que aborda a leitura como sendo um processo inserido na tensão entre o polo da produção e o polo da recepção. Para este teórico, no polo da produção temos o autor, o editor, o tradutor, o comentador, que tentam, de alguma forma, impor, sugerir regras, condicionamentos que visam refrear a liberdade do leitor e, dessa forma, conseguir uma leitura autorizada, de acordo com o que foi pensado no polo da produção. No polo da recepção, por sua vez, estão os leitores e suas práticas inventivas, autônomas, alicerçadas na irredutível liberdade que há neste polo. Como o cenário de nossa pesquisa é a escola, situamos os professores no polo da produção como os que organizam, selecionam, escolhem as leituras para serem realizadas na escola. Já no polo da recepção, estão os alunos como aqueles que se apropriam da leitura organizada pelos professores. Instalar os professores no polo da produção e os alunos no polo da recepção foi uma apropriação da teoria de Chartier feita, inicialmente, por Corrêa (2001) quando investigou a leitura na universidade. Da mesma forma que este autor, também fizemos essa associação no ambiente escolar e inserimos os professores no polo da produção e os alunos no polo da recepção, buscando compreender como os professores organizam a leitura nas escolas e como os alunos se apropriam dessas leituras.