A Ressignificação dos comuns: conflitos sociais, ação comunicativa e cultura política no uso dos recursos pesqueiros na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Jacaúna, Tiago da Silva
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1546930090065600
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
BR
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3372
Resumo: Esta dissertação se debruça no universo da atividade pesqueira na Amazônia Central. Foram estudadas as relações de conflito e de ação coletiva no uso dos recursos pesqueiros em três localidades rurais pertencentes ao município de Manacapuru no estado do Amazonas. Para isto, não foram perdidos de vista a descrição e interpretação dos aspectos socioculturais que envolvem a vida dos grupos sociais habitantes das zonas rurais da Amazônia e o significado simbólico e material que os recursos da ictiofauna representam na vida destes sujeitos. A pesquisa identificou que, em razão do processo de intensificação da pesca comercial na Amazônia, surgiram tipos sociais de pescadores que possuem habitus antagônicos e atuam de maneira singular sobre os recursos pesqueiros, originando tensões sociais e litígios. Concomitantemente, alguns grupos sociais de pescadores se organizaram no intuito de controlar o uso e os usuários dos recursos haliêuticos, demonstrando que não seguem uma lógica individualista e descomprometida com a natureza. Todavia a dinâmica dos conflitos e da ação coletiva demonstra que os dilemas enfrentados pelos pescadores não devem ser entendidos como maniqueísmos, pois os usuários apresentam interesses, racionalidades e necessidades que influenciam as suas formas de apropriação e controle do uso dos recursos pesqueiros.