Introdução e impactos da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) sobre as assembleias de peixes nativos na bacia hidrográfica do Tarumã-açu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Repolho, Marcos Antonio Ramos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1727514756091054, https://orcid.org/0000-0003-0280-1402
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Centro de Ciências do Ambiente
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/9421
Resumo: RESUMO A introdução de espécies exóticas e as ações antrópicas são os problemas que mais causam impactos a biodiversidade do planeta. A tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) é a espécie mais cultivada no Brasil, e vem sendo introduzida ilegalmente na Amazônia central. O escape para o ambiente natural vem ocorrendo e já é possível encontrar espécimes em diversos igarapés de Manaus-AM. Este trabalho teve como objetivo investigar a introdução da espécie exótica, na Bacia Hidrográfica do Tarumã-açu (Manaus, Amazonas, Brasil), um dos tributários do Rio Negro, que sofre desague de diversos igarapés impactados por ações antrópicas, a fim de avaliar possíveis impactos causados na composição e na estrutura da ictiofauna nativa. O estudo foi realizado no período sazonal de águas baixas (seca). Foram capturados 427 espécimes, distribuídos em 5 ordens, 18 famílias, 40 espécies. A ordem Characiformes foi a mais abundante com 23 espécies, seguido de siluriformes com 6 espécies. As famílias com maior abundância foram as Cichlidae e Hemiodontidae, com 9 e 5 espécies respectivamente. As espécies com maior abundância relativa foram Hemiodus immaculatus, e Oreochromis niloticus. A diversidade estimada pelo índice de Shannon-Wiener foi considerada baixa para os cinco locais amostrados. O índice de equitabilidade de Pielou (J), indicou uniformidade para quatro locais, exceto para o igarapé da Cachoeira Alta do Tarumã, onde foi observado a dominância da tilápia do Nilo, estimada pelo índice de Berger – Parker, valor igual a 0,90. Os parâmetros ambientais OD, pH, condutividade elétrica, ºC, transparência da água, e fósforo apresentaram variações significativas em razão de ações antrópicas. A amónia e o nitrito apresentaram valores dentro do previsto pela resolução CONAMA 357/2005. O teste estatístico de Mantel ao nível de significância de 5%, ainda não indica influência da tilápia do Nilo e/ou das variáveis ambientais sobre a ictiofauna local. Contudo, a espécie exótica foi capturada na foz do igarapé do Gigante a menos de 500 metros do Rio negro, e já é a segunda mais abundante dentre as 15 espécies amostradas no local. Palavras-chave: Introdução, Tilápia do Nilo, Espécie Exótica, Impactos, Bacia Hidrográfica do Tarumã-açu.