Cultivo do cogumelo comestível Pleurotus ostreatus INPA 1467: Produção, composição centesimal e mineral
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5797 |
Resumo: | Muitos cogumelos possuem alto valor nutritivo e podem ser cultivados em uma ampla gama de substratos lignocelulósicos. Pleurotus ostreatus é um cogumelo comestível e pertence ao gênero que é o segundo mais consumido, atrás de Agaricus bisporus e Lentinula edodes. O macrofungo P. ostreatus é de ocorrência cosmopolita e a linhagem INPA 1467 estudada no presente trabalho foi isolada na Amazônia. As culturas de feijão e cana-de-açúcar ocorrem no estado do Amazonas, gerando resíduos com potencial aplicação no cultivo de cogumelos. Esta dissertação foi dividida em quatro capítulos. O primeiro trata da revisão sobre o cultivo de cogumelos, no segundo foi avaliada a produção de P. ostreatus cultivado em substratos a base de palha de feijão e cana de açúcar. No teste de corrida micelial foram selecionadas a formulação 3 (40% palha de feijão e 60% bagaço de cana) e formulação 100% palha de feijão. Foram elaborados substratos de cultivo a partir das duas formulações e foram tratados de três diferentes maneiras para controle de micro-organismos competidores: esterilização em autoclave, compostagem e imersão em solução de cal a 2%. Os substratos que apresentaram maior eficiência biológica foram os substratos compostados COMP-3 (83,30%) e COMP-100 (80,49%), porém a perda da matéria orgânica não esteve diretamente relacionada com o índice de produtividade. No terceiro capítulo, foi avaliado o teor de minerais dos cogumelos e dos diferentes substratos nos quais foram cultivados. Durante o cultivo de P. ostreatus observou-se a translocação dos macronutrientes (exc. para fósforo) e dos micronutrientes (exc. zinco) dos substratos de cultivo, disponibilizando maior quantidade de minerais para assimilação pelo fungo. O teor de minerais em P. ostreatus respeitou a seguinte ordem decrescente para macro elementos: K > P > Mg > Ca e para micro elementos: Fe > Zn > Na > Mn. O microelemento Cu apresentou bastante variação. Estes minerais quando ingeridos atuam em diversos processos metabólicos no organismo, tornando-os seu consumo essencial. No quarto capítulo foi avaliada a composição centesimal e físico-química dos cogumelos P. ostreatus e dos substratos de cultivo. O teor de proteína variou de acordo com o substrato, apresentando maiores teores em COG-COMP-3 e COG-COMP-100 (9,11% e 9,83%, respectivamente). O valor de proteína obtido pelos cogumelos variou de 7,66 a 9,83. O teor de fibras variou de 23,4 a 44,03%, cinzas (fração mineral fixa) 6,72 a 10,91%. O teor de carboidratos disponíveis variou de 19,1 a 39,91%. Os teores de lipídios foram baixos (2,55 a 3,99%). O cogumelo P. ostreatus 1467 apresentou boas características nutricionais, podendo ser introduzido em uma alimentação diária e contribuindo para uma dieta balanceada. |