Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Viviany Viriato de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/194275
|
Resumo: |
O cogumelo comestível Pleurotus ostreatus (Jacq.) P. Kumm. é produzido em cultivo axênico comumente a partir de serragem de eucalipto. Entretanto, a serragem possui demais finalidades podendo se tornar escassa ou de difícil acesso aos produtores de cogumelos, quando não disponível em abundância na região de cultivo. Visando o aproveitamento de resíduos orgânicos disponíveis na cidade de Botucatu/SP e fontes alternativas para a produção do cogumelo, foram utilizadas diferentes formulações com casca de eucalipto, serragem de peroba do Norte e composto exaurido de P. ostreatus. Foram formulados treze tratamentos à base de serragem de eucalipto e das diferentes concentrações dos resíduos orgânicos, sendo 100%, 75%, 50% e 25% de cada resíduo, combinados ou não de forma complementar com a serragem de eucalipto, tendo como grupo controle 100% de serragem de eucalipto. Os tratamentos obtiveram dez repetições e foram utilizados para produção do meio de cultura (Experimento 1) e para a produção de cogumelos (Experimento 2). No experimento 1 constatou-se que o diâmetro micelial dos tratamentos à base de 100% de casca de eucalipto, 75% de composto exaurido + 25% de serragem de eucalipto e 25% de composto exaurido + 75% de serragem de eucalipto, obtiverem maior diâmetro micelial com 81,06, 78,99 e 78,84 mm, respectivamente, em relação ao grupo controle, 72,99 mm. Já no experimento 2 foi constatado que todos os tratamentos possuem eficiência biológica equivalente ao grupo controle (51,75%), com exceção do tratamento com 100% de composto exaurido (18,09%), o qual obteve menor produtividade. Entretanto, os resíduos orgânicos avaliados, casca de eucalipto, serragem de peroba do Norte e composto exaurido de P. ostreatus, podem ser aproveitados no cultivo de P. ostreatus em substituição ao substrato convencional (à base de 100% de serragem de eucalipto), com exceção do composto exaurido na sua forma integral (100%), possibilitando um destino ecológico para estes descartes e produzindo alimento altamente nutritivo. O perfil enzimático do fungo também foi caracterizado em relação a produção de Lacase, Manganês Peroxidase e Versátil Peroxidase nos mesmos treze tratamentos. Para isto, foram separadas amostras de cada um dos tratamentos, as quais são chamadas de extratos brutos. Estes, foram assepticamente unidos ao meio de cultura LN-AS (low-nitrogen asparagine-succinate), conhecido como meio mínimo. A mesma linhagem do P. ostreatus (linhagem SB) foi inoculada nos frascos, os quais foram incubados a 28°C em estufa microbiológica. Foram aliquotadas amostras a cada três dias, sendo estes, 3, 6, 10, 13, 17 e 20 dias de incubação, totalizando seis amostras para cada substrato. A partir de então, foi calculada a concentração de proteínas através do coeficiente de extinção molar, o qual foi determinado por uma curva padrão confeccionada com uma solução de albumina de soro bovino, diluída em concentrações entre 500 e 2500 ug/mL, respeitando a lei de Lambert-Beer. Assim, pode-se calcular a atividade específica das enzimas, correlacionando-se a concentração de proteínas com a atividade enzimática. Somente a enzima Lacase obteve produtividade, com maior produção no décimo sétimo dia de incubação para todos os tratamentos. As outras duas enzimas não obtiveram produção. |