Nos trilhos da cidade: a trajetória dos motorneiros e dos bondes em Manaus (1930-1946)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Barros, Wanderlene de Freitas Souza
Outros Autores: https://lattes.cnpq.br/8068542319657464
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
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Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10226
Resumo: O espaço dos primeiros cinquenta anos do século XX, no Amazonas, está pautado em muitas controvérsias, no sentido de uma estagnação econômica e, consequentemente, social e política. Manaus através de seu porto, polo de escoamento da borracha, por décadas que se seguem, experimenta uma concorrência desleal no sistema de Plantation, implantado na Malásia, com mudas contrabandeadas do Brasil; perdendo assim uma hegemonia da matéria prima, também conhecida como “ouro branco”. O legado da modernização, implantado desde a República, tendo como mentor desse projeto, Eduardo Gonçalves Ribeiro – Governador - segue por anos na cidade, com toda uma estrutura arquitetônica e de serviços, que em nada perdia em relação ao restante do país. O volume de negócios do extrativismo foi se adensando e atraindo investidores de várias nacionalidades, principalmente os ingleses. O serviço de bondes, trazido pela companhia inglesa Manaós Tramways Light & Co., nos chamou atenção por estar envolto em toda uma relação com a dinâmica da cidade, adentrando pela paisagem da cidade no transporte de passageiros e mercadorias, distinguindo-se como uma necessidade para os translados. A cidade embora tenha passado por um baque financeiro sem proporções, buscou, a cada dia, se reinventar através de novas estratégias de sobrevivência econômica. Sabendo que a troca de experiências entre nacionais e estrangeiros apontariam para uma nova trajetória, que era movimentada diariamente através dos trabalhadores da urbe; esses novos atores sociais, através de suas demandas apresentam-se como classe na cidade, protagonizando sua própria história. Desta forma, esta pesquisa busca elencar e destacar a trajetória do profissional motorneiro, que por estar assumindo seu posto diariamente, nas idas e vindas pela cidade, pode comprovadamente, através das fontes históricas, deixar marcada sua participação na dinâmica da cidade. Portanto, buscamos trazer a baila parte da caminhada desses profissionais, que assim como surgiram com a ideologia do progresso, anos depois, foram extintos pela mesma, deixando um misto de memórias para aqueles que um dia tiveram a oportunidade de utilizar um dos primeiros transportes coletivos da cidade.