Formação de professores indígenas no ensino superior: potencialidades e desafios políticos e epistemológicos da Licenciatura em Educação Básica Intercultural - UNIR
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - Humaitá Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Humanidades |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8132 |
Resumo: | A educação superior intercultural, no contexto latino-americano, tem tido o compromisso de promover um exercício de subversão e ressignificação epistemológica para que os povos tradicionais tenham maior participação democrática em cenários onde tenham tido pouca representatividade política e intelectual. No Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988, a educação indígena e a educação intercultural foram ganhando certa relevância nas agendas governamentais e passaram a ter maior protagonismo nas instituições de ensino superior. No início deste milênio, surgiu a iniciativa de criar cursos de graduação em várias universidades públicas federais e estaduais do país, voltados para a formação superior de indígenas que atuam como professores nas escolas das suas aldeias. Esses programas são conhecidos como licenciaturas interculturais. Esta pesquisa teve como objetivo tornar visíveis os desafios e potencialidades do curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), na formação e no exercício dos professores indígenas no contexto amazônico, levando em consideração o cenário político atual. As principais fontes de informação deste estudo foram documentos oficiais e institucionais e entrevistas com docentes e discentes do curso, ao longo de 2020. Os delineamentos teóricos e metodológicos se fundamentaram nos aportes da corrente de pensamento crítico e decolonial do grupo Modernidade/Colonialidade, utilizando o conceito de “interculturalidade crítica” como eixo transversal à análise da informação. Os dados produzidos foram compreendidos a partir de uma análise interpretativa. Desse modo, foi possível concluir que, apesar dos avanços na proposta pedagógica do curso, ainda existem limitações de caráter governamental, institucional e acadêmico que dificultam uma efetiva dinâmica intercultural entre os processos de ensino e aprendizagem correspondentes às cosmovisões indígenas e aqueles infundidos pela lógica colonialista da sociedade ocidental. |