Análise multitemporal e morfodinâmica no entorno da confluência do rio Solimões com o rio Negro
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | , |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7284 |
Resumo: | O rio Solimões, quanto ao desenvolvimento geomorfológico, é considerado jovem por possuir considerável energia e potencial erosivo. Essas características permitem que a paisagem do cenário amazônico seja constantemente transformada em função da dinâmica fluvial existente que, apesar de não ser uma exclusividade da região, possui expressividade no que se refere a escala de grandeza e a complexidade de fatores. Presentes na dinâmica de todos os canais fluviais, a erosão, o transporte e a deposição de sedimentos são processos que, apesar de trabalharem simultaneamente, não se apresentam de maneira homogênea ao longo do perfil longitudinal do rio Solimões. Há segmentos do rio em que prevalece o processo erosivo e em outros o processo de deposição. Da mesma maneira, é comum que a cada regime hidrológico, caracterizado na região amazônica por períodos de cheias e vazantes, perceba-se que os processos erosivos e deposicionais alternem-se espacialmente. A princípio, inadvertidamente, pode-se pensar que, por se tratar de um fenômeno natural, não há impactos sociais e econômicos para a região. No entanto, as implicações da dinâmica fluvial no rio Solimões podem atingir diferentes escalas, sejam elas locais ou regionais. A razão para isso está na importância que o rio Solimões, assim como os demais rios da Amazônia, possui para os moradores, principalmente ribeirinhos, e para o transporte de cargas e passageiros na região. Diante disso, este trabalho apresenta as transformações na paisagem e a evolução do rio Solimões no trecho localizado há aproximadamente 15 quilômetros a montante da sua confluência com o rio Negro. A área abrange toda a extensão da ilha da Marchantaria, um elemento natural relevante que participa diretamente da dinâmica do canal. Para abarcar toda a complexidade existente nesse tipo de estudo, optou-se por uma abordagem sistêmica para a compreensão dos fenômenos naturais e seus efeitos nas esferas sociais e econômicas. Com o intuito de mostrar a transformação da paisagem, uma das categorias de análise mais importantes da Geografia, e a evolução do rio Solimões no trecho mencionado, recorreu-se as imagens de satélite do programa espacial Landsat, que tem como objetivo principal a observação dos recursos naturais terrestres. Fez-se o uso de três imagens, implicando numa escala temporal de 23 anos (1995, 2005 e 2018). Para corroborar os dados obtidos por meio do Sensoriamento Remoto, realizou-se levantamentos batimétricos em cinco pontos do rio. A partir dos gráficos da batimetria e das interpretações das imagens de satélite, conclui-se que este trecho do rio Solimões está passando por mudanças morfológicas no seu leito, sedimentando na margem direita e erodindo na margem esquerda. Com relação aos impactos socioeconômicos, verificou-se que as embarcações de grande porte, em razão da maior profundidade, navegam pela margem esquerda, sugerindo um gasto maior de combustível e tempo. |