Síntese, caracterização química e atividades biológicas de um novo derivado da Naringenina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Rayanne da Silva
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5049853851402653
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5946
Resumo: Investir no desenvolvimento de novas terapias preventivas contra a progressão de doenças crônicas é essencial, visto que essas enfermidades compartilham etiologias comuns como a inflamação e estresse oxidativo. Flavonoides como a naringenina tem sido objeto de vários estudos na prevenção, controle e tratamento de doenças crônicas. O objetivo deste trabalho foi sintetizar uma nova entidade química e, a partir desta, explorar suas características químicas e físico-químicas e suas atividades biológicas. A ACD41 foi sintetizada a partir da reação de condensação entre a naringenina e aminoguanidina. Sua estrutura química foi elucidada por meio das técnicas de ESI-MS, MS-MS, RMN e FTIR e aspectos físico-químicos estudados utilizando TG, DSC, DTA e DRX. As atividades biológicas exploradas contemplaram os ensaios relacionados ao estresse oxidativo, glicação e inflamação. A ACD41 apresentou-se como um sólido cristalino, com rendimento de 81%, massa molecular de 328,33 g/mol, tempo de retenção de 12,1 minutos na analise por CLAE e com menor resistência térmica comparada à naringenina. A ACD41 apresentou baixa citotoxicidade com CI50 superior a 1000 μg/mL em macrófagos humanos (THP-1) e 767,4 ± 18,71 μg/mL em fibroblastos humanos (MRC-5). Apresentou atividade sequestrante contra os radicais ABTS+ (CI50 = 5,26 ± 0,10 μg/mL) e DPPH (CI50 = 8,33 ± 0,49 μg/mL). Reverteu os níveis de ROS e preservou a integridade da membrana mitocondrial em THP-1. Nos ensaios de glicação in vitro, a ACD41 inibiu a formação de AGEs pelas vias oxidativa (CI50 = 2,58 ± 1,67 μg/mL) e não oxidativa (CI50 = 72,23 ± 2,28 μg/mL). Em macrófagos ativados por LPS, inibiu a produção de TNF-α nas concentrações de 5 e 10 μg/mL. A ACD41 inibiu em 87,95% a produção de hidroperóxido pela LOX e nos estudos in silico interagiu com a enzima COX-2, apresentando uma energia de ligação igual a -10.3 kcal/mol. O presente estudo, pela primeira vez, descreve a molécula (2E)-2-[5,7-diidroxi-2-(4-hidroxifenil)-2,3-dihidro-4H-cromen-4-ilideno]hidrazina carboximi- damida e demonstra o potencial antioxidante, antiglicante e anti-inflamatório desta nova entidade química, a qual pode ser promissora no desenvolvimento de novas terapias para doenças crônicas.