Efeito da naringenina e do amido da fruta-de-lobo em animais diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Liberato, Selma Coelho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/8692
Resumo: Foi avaliado em coelhos e ratos diabéticos, durante 28 dias, o efeito do flavonóide naringenina no peso e constituintes sangüíneos. Foi ainda avaliado o efeito da farinha da fruta- de-lobo (Solanum lycocarpum A.F.C.P. Saint-Hilaire) em coelhos. Diabetes foi induzida através de administração intravenosa de aloxano. A determinação do peso, consumo alimentar e da concentração plasmática de glicose, colesterol, triacilgliceróis, creatinina e albumina foi realizada semanalmente. Nos coelhos, as amostras de sangue foram retiradas do plexo capilar ocular e nos ratos, da extremidade final da cauda. Visando determinar a dose ideal de aloxano para indução de diabetes em coelhos adultos, machos, da raça Albino Nova Zelândia, realizou-se um experimento, onde os -1 tratamentos constituíram-se de 5 doses de aloxano (90, 105, 120, 135 e 150 mg.kg de peso vivo) e a testemunha (normal), com 8 repetições. Em todos os coelhos, injetou-se 10 mL de glicose, 4, 8 e 12 horas após a administração do aloxano, para evitar hipoglicemia. Aos 4 dias -1 após a aplicação do aloxano, observou-se que as doses de 90 e 105 mg.kg de aloxano causaram menor número de mortes nos animais tratados e propiciaram maior número de sobreviventes diabéticos, sendo então recomendadas para a indução de diabetes em coelhos. Coelhos foram considerados diabéticos quando o nível de glicose sangüínea foi igual ou -1 superior a 180 mg.dL . Não houve relação linear entre as doses de aloxano e os níveis sangüíneos de glicose, triacilgliceróis e colesterol, devido a grande variabilidade da resposta dos coelhos a cada dose de aloxano. Coelhos diabéticos receberam diariamente uma cápsula de 20 mg de naringenina ou de 40 mg de farinha de fruta-de-lobo. Não foi observada diferença significativa, entre os tratamentos aplicados aos coelhos diabéticos. Em ratos, o diabetes foi induzido com 60 mg.kg -1 de aloxano. Utilizaram-se ratos albinos, machos da raça Wistar, pesando entre 200 e 300 gramas. Estudou-se o efeito de dietas e de flavonóides no peso e constituintes sangüíneos. O delineamento experimental foi o inteiramente casualisado. Foram conduzidos 3 experimentos, nos quais ratos diabéticos receberam dieta básica (AIN-93G) ou modificada contendo 47,95% de sacarose, com ou sem 20 mg de naringenina diariamente. Não houve variação no peso, glicemia e nem em outros constituintes sangüíneos avaliados, nos ratos diabéticos, recebendo dieta básica ou modificada, acrescida ou não de naringenina. Os ratos normais que receberam apenas dieta modificada apresentaram maiores ganhos de peso e da glicemia em relação aos que receberam apenas dieta básica, evidenciado apenas em um experimento devido à alta variabilidade das características avaliadas. Cerca de quarenta dias após o início da administração das dietas, 12 ratos diabéticos que haviam recebido dieta básica sem naringenina, e outros 12 que receberam dieta rica em sacarose foram submetidos à inversão de dietas por 14 dias. Os ratos que passaram a receber dieta básica apresentaram redução do nível de triacilglicerol. Já os ratos que passaram a receber dieta rica em sacarose apresentaram aumento do peso final e do consumo alimentar. Concluindo, embora as diferenças não tenham sido estatisticamente significativas, nos ratos diabéticos recebendo dieta básica acrescida de naringenina, houve uma tendência a reduzir os níveis de glicose sangüínea e a aumentar o peso comparado a ratos diabéticos sem naringenina.