Entre invisibilidade e mudanças sociopolíticas: práticas de protagonismo e resistência dos povos indígenas na cidade de Coari-AM

• Ano de defesa: 2025
• Autor(a) principal: Pereira, Cristiane Braz
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/4928501488953666
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas; Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais; Brasil; UFAM; Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
• Palavras-chave em Português: Indígenas - Coari (AM); Indígenas - Relações com o governo; Indígenas - Condições sociais; Indígenas da América do Sul - Amazônia; CIENCIAS HUMANAS; Coari; Indígenas; Protagonismo; Resistência
• Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/10809

Esta dissertação é resultado de um dos esforços por busca de visibilidade que os povos indígenas na cidade de Coari almejam numa perspectiva mais ampla. Teve como objetivo compreender as práticas de protagonismo e resistência dos povos indígenas na formação da cidade de Coari e como eles têm promovido mudanças na sua condição de invisibilidade sociopolítica. O estudo apontou que os indígenas de Coari também foram vítimas do plano do poder hegemônico de apagamento dos povos originários no Brasil desde a chegada dos invasores em terras brasileiras impulsionada pela expansão marítima, perpassando pela formação da cidade em que a influência indígena sofreu inúmeras tentativas de desaparecimento, chegando aos dias atuais com um cenário um pouco mais propício, porém com novos desafios diante de um plano ainda persistente de apagamento. A metodologia centrou na pesquisa participante segundo a perspectiva do materialismo histórico-dialético e utilizou as técnicas da entrevista compreensiva e a história oral na finalidade de uma sondagem mais profunda e flexível, valorizando as vozes marginalizadas. A pesquisa identificou que apesar desses povos enfrentarem um quadro de invisibilidade histórico, tornando-se alvos de um plano de etnocídio e aniquilação de direitos, o protagonismo e resistência deles os tornaram vítimas ativas ao saber fazer uso dessas ferramentas na busca por mudança de realidade, não permitindo que essa invisibilidade culminasse em extinção desses povos.