Cronoestratigrafia e interpretação paleoambiental de depósitos miocenos da formação Solimões, Região de Coari, AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Silveira, Rosemery Rocha da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8875126184732192
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Geociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3279
Resumo: O Mioceno representa um dos períodos da evolução da Terra caracterizado por pronunciadas mudanças climáticas e bioevolutivas associadas a expressivas transgressões marinhas. Na América do Sul, estes eventos foram concomitantes com o contínuo soerguimento da Cordilheira dos Andes causando significativas modificações paleogeográficas e paleoambientais no continente. Na região centroocidental da Amazônia, o estudo palinológico e estratigráfico de depósitos miocenos na Formação Solimões, identificou duas associações de fácies, recobertas discordantemente por depósitos pleistocenos da Formação Içá: 1) Associação 1- pelito laminado, caracterizada por pelitos cinza ricos em matéria orgânica, relacionada a um ambiente lacustre; e 2) Associação 2- arenito e pelito com estratificação inclinada heterolítica representativa de um sistema fluvial meandrante. O influxo continental é indicado pela ocorrência de fitoclastos e esporos de algas de água doce (Ovoidites). A idade neomiocena para a Formação Solimões na região de Coari é indicada pela ocorrência de Echitricolporites spinosus (Superzone X sensu Muller et al., 1987) e presença de Echiperiporites akanthos, que não atinge o Plioceno. Palinomorfos transportados como Crassoretitriletes vanraadshoovenii e Grimsdalea magnaclavata, formas comumente encontradas no Mesomioceno, confirmam a idade neomiocena e o evento erosivo durante o Mesomioceno. Além disso, a erosão concomitante de rochas paleozóicas da borda oeste da Bacia do Amazonas é indicada pela abundância de acritarcos neodevonianos retrabalhados.