Entre a fixação e a mobilidade: um estudo das percepções territoriais de agrupamentos indígenas e não indígenas e das intervenções estatistas no rio Cuieiras (Baixo Rio Negro)
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais Brasil UFAM Programa de Pós-graduação em Antropologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/7186 |
Resumo: | Esta pesquisa apresenta uma relação entre as formas de percepção e subjetivação do território entre comunidades indígenas e não indígenas localizadas no rio Cuieiras e das intervenções de ordenamento territorial estatal. Por meio de uma abordagem etnográfica, analiso como a apropriação do espaço social oferece subsídios para pensar a mobilidade do território. Utilizo o recurso da perspectiva da socioespacialidade, onde espaços físicos e mentais estão em constante tensão e não podem ser apreendidos separadamente, resultando numa compreensão do espaço e sociedade dentro de uma relação dialética. Logo, material e simbólico estão dentro da mesma dimensão, tentando dirimir qualquer visão dualista sobre os espaços. Esse caminho parece problematizar formas consolidadas nos campos disciplinares e ir ao encontro dos discursos dos sujeitos da pesquisa, que apresentam percepções de um território relacional, híbrido, móvel e múltiplo. Em contraposição a essa forma de conceber o território estão as agências estatais de ordenamento territorial, com uma perspectiva mais imóvel, estratificada e controlável. Suas intervenções revelam uma necessidade de captura e controle, dificultando as mobilidades a partir de uma lógica da fixação territorial. Portanto, a existência de outros modos de habitar deve produzir reflexões sobre a tensão entre modernidade e tradição, a presença da diversidade como um entrave ao projeto nacional, em meio aos seus contínuos movimentos de fuga e resistência, que nem sempre são uma reação às intervenções, mas parte de sua própria forma de existir. |